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Dom Sérgio Braschi comemora aniversário de 70 anos

Em entrevista, o bispo de Ponta Grossa conta sobre a sua trajetória na Igreja Católica e algumas curiosidades sobre seu dia-a-dia

Bispo de Ponta Grossa conta sobre a sua trajetória na Igreja Católica
Bispo de Ponta Grossa conta sobre a sua trajetória na Igreja Católica -

Em entrevista, o bispo de Ponta Grossa conta sobre a sua trajetória na Igreja Católica e algumas curiosidades sobre seu dia-a-dia

Neste dia 3 de dezembro, o bispo de Ponta Grossa, Dom Sergio Arthur Braschi, completa 70 anos. Pessoa amável, de sorriso fácil, amante da boa música e dono de uma energia e vitalidade de dar inveja a muitos. Conheça um pouco de dom Sergio, que, em 2018, completou 45 anos de ministério sacerdotal, 20 como bispo, 15 dos quais à frente da Diocese.

Quando sentiu a sua vocação?

O desejo de ser padre surgiu aos cinco anos de idade. Minha família era muito presente na Paróquia São Francisco de Paulo, em Curitiba. Eram sete filhos e desde cedo ia à igreja com meus pais. Aos seis anos comecei a aprender a tocar piano e ia praticar no piano na igreja porque nós não tínhamos o instrumento em casa. O chamado é algo misterioso. Aos nove anos fui crismado e queria ir para o seminário. Fui no ano seguinte, com dez anos fui para o Seminário São José. Fiz até o fim do ensino médio. Depois, fui para o Seminário Maior Rainha dos Apóstolos, fiz faculdade de Filosofia na Universidade Católica do Paraná. Depois de três anos fui para Roma, na Pontifícia Universidade Católica Gregoriana, fazer Teologia, morando no colégio pio-brasileiro. Voltando, fui ordenado padre.   

Ao pensar nesses 45 anos de vida dedicada à Igreja Católica, tem certeza que fez a opção certa?

Tenho plena certeza. Senti esse chamado e procurei corresponder. Naturalmente, que, quando uma criança fala que quer ser alguma coisa, isso é muito improvável. Mas, depois, houve esse discernimento à medida que os anos foram passando. Passei por momentos de dúvida e de crise, que são benéficos normais. A vocação é um mistério, de correspondência; a gente vai correspondendo, vai passando por provações até que a Igreja, no dia da ordenação diaconal e, depois, sacerdotal nos garante, através do sacramento, e começa o serviço.

Como avalia o secularismo presente na sociedade?

É forte a presença não só do secularismo até do laicismo, onde, muitas vezes se questiona a dimensão da fé, do chamado de Deus e a vida do leigo e da leiga que participam da Igreja, que tem uma ação samaritana, de socorrer as pessoas. Acham perda de tempo. Mas, para quem tem fé é diferente. Nós encaramos o chamado de Deus como algo verdadeiro, que a gente experimenta. Nos momentos de crise é aí que se vê como Deus está presente, como Deus age. Eu passei por vários momentos assim.

Pode nos partilhar um dos desafios destes?

Inicialmente no tempo de seminarista. Porque a vocação é provada. Ela passa por provações, desafios. Um deles é a atração - no caso do seminarista que vai se dedicar o sacerdócio dentro do celibato, renunciando constituir família - pelas meninas, o que é normal. Foi o momento de fazer escolhas. E não apenas pela figura da mulher, mas de uma mulher determinada, em que as qualidades realmente atraíam mais do que outras. Foi um dos desafios. Naturalmente isso não termina com a ordenação. Depois na vida de padre, também houve questionamentos, sofrimentos, dentro da família porque perdi meu pai, com pouca idade, depois minha mãe. Tudo isso são sofrimentos... E no serviço ao povo, que é muito gratificante, sobretudo numa paróquia, mas tem momentos difíceis.

E uma grande alegria?

Alegria na convivência no seminário. Muitos colegas meus se tornaram padres, alguns bispos. Depois, a própria ordenação. Tudo o que ligou quando foi ordenado padre. Meus pais acompanharam, meus irmãos, meus padrinhos de batismo. Fui ordenado na paroquia onde eu vivi a minha infância. Não tem como contar a beleza que foi. A alegria que tivemos este ano de ordenar bispo mais um padre do nosso clero. Mas, as maiores alegrias são do exercício do serviço ministerial, a Eucaristia, a confissão; ver a pessoa que de um gesto que Jesus faz através de você refaz a sua vida, não tem preço. Outra experiência muito forte é o sacramento da unção dos enfermos. Quantas vezes eu ministrei a unção dos enfermos para pessoas que estavam muito doentes, alguns pacientes terminais de UTI, e depois, eu ficava sabendo que a pessoa havia melhorado. A gente vê Deus agindo pelas mãos do padre, do bispo. Isso recompensa tudo.

Da onde vem sua paixão pela música?

Meu pai era um grande cantor lírico, um tenor de ópera. Cantava e também tinha conhecimento de partitura musical. Tinha voz muito bonita, cantou e corais e fazia apresentações como solista de música italiana, napolitana, espanhola. Eu puxei muito. Do lado de minha mãe, os avós eram músicos: meu avô tocava violão e minha avó, bandolim. Foi um dom que recebi ao nascer. Aos cinco anos, ganhei uma gaita de botões e comecei a tocar música de ouvido. Meus pais me levaram para aprender piano.

O que é só seu e que poderia servir como inspiração?

Cuido das minhas cachorrinhas, em casa. Depois do meu infarto, eu precisaria fazer exercício quase diário, mas não tenho tempo. Não tenho muito tempo para coisas que talvez deveria ter. Uma delas é a música. Tenho deixado bastante de lado por não ter tempo de me dedicar. Tocar órgão eletrônico, por exemplo. Não gosto de cozinhar. Não sei nem fritar ovo direito. Sei comer. Sou mais pro lado do doce, um ‘formigão’.

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