Editorial
O exemplo do PR no combate ao crime e à violência
Da Redação | 30 de outubro de 2025 - 01:35
É estratosférica a diferença da capacidade operacional da segurança pública do Paraná com a do Rio de Janeiro. Enquanto o estado comandado pelo governador Ratinho Junior comemora a redução de 29% nos homicídios dolosos entre janeiro e setembro de 2025, na comparação com o mesmo período de 2024, passando de 1.214 para 865 ocorrências, Cláudio Castro precisa justificar à sociedade a desastrosa Operação Contenção, realizada na última terça-feira (28), que deixou 119 mortos, sendo 115 civis e quatro policiais.
No Paraná, os índices revelados pela Secretaria de Segurança Pública (Sesp), consolidam o melhor resultado da série histórica, confirmando o cenário do primeiro semestre deste ano e na sequência dos bons números de 2024, ano que já tinha apresentado os menores indicadores da série iniciada em 2007 para homicídios, roubos, furtos, furtos de veículos e roubos de veículos. O Estado trabalha com base nos três ‘is’: inteligência, integração e investimento. Utiliza-se a inteligência das polícias para identificar situações relacionadas ao crime organizado, compreendendo as causas de determinados homicídios e crimes em cada região.
No Rio de Janeiro, autoridades de segurança pública admitem que o número de mortes em apenas num único dia pode aumentar. No total, foram feitas 113 prisões, sendo que 33 eram pessoas de outros estados que atuavam no Rio de Janeiro. Além disso, dez adolescentes foram encaminhados as unidades socioeducativas.
No Paraná, a integração entre as polícias Militar, Civil e Científica, além da parte de ressocialização com a Polícia Penal, tem sido fundamental. Também os investimentos em contratação de efetivo, novos equipamentos, tecnologia e o esforço diário dos nossos policiais têm resultado na redução dos principais indicadores de crimes no Paraná.
No Paraná, o número de homicídios dolosos (quando há a intenção de matar) vem caindo ano após ano. Em 2018, por exemplo, foram 1.498 casos de janeiro a setembro, enquanto em 2023, no mesmo período, foram 1.306; em 2024, 1.214; até chegar aos 865 casos neste ano. Em variações percentuais, a redução foi de 42%, 34% e 29% na comparação de 2025 com 2018, 2023 e 2024, respectivamente.
Enquanto no Paraná a pacificação é plena, o Rio de Janeiro vem tentando dialogar com as Forças Armadas e já solicitou apoio de blindados ao Exército três vezes, mas que os pedidos foram negados em todas as ocasiões. O fato é que nenhuma política de segurança pode se sustentar sobre esse banho de sangue. O Estado não pode continuar agindo como se houvesse pena de morte, nem que as favelas sejam territórios inimigo ou palco de espetáculo.