Editorial
Os esforços de PG por um aeroporto com funcionalidade
Da Redação | 06 de setembro de 2025 - 02:55

O transporte aéreo é essencial para Ponta Grossa continuar neste interessante ciclo de desenvolvimento socioeconômico. A cidade está sem voos comerciais, na atualidade, porque medidas que deveriam ter sido adotadas há duas ou três décadas com os inícios dos ciclos das industrializações, direcionadas à infraestrutura do Aeroporto Sant’Ana, foram proteladas.
Pelas suas riquezas e importância política e econômica no Paraná e Brasil, Ponta Grossa pode ter, sim, o sonho de construir um novo aeroporto, com padrões internacionais para atender suas demandas. O problema é que, um empreendimento deste porte levaria entre seis a nove anos para ficar pronto. Ficar sem voos, durante todo este período, pode impactar o desenvolvimento.
Matéria especial do Portal aRede e Jornal da Manhã, revela neste fim de semana que a Prefeitura Municipal de Ponta Grossa solicitou um Estudo de Viabilidade Técnica, Econômica e Ambiental (EVTEA) para dar início a um novo projeto de infraestrutura de aeroporto no município. Atualmente, o único espaço próprio para voo na cidade é o Aeroporto Municipal de Ponta Grossa - Comandante Antonio Amilton Beraldo (SBPG), popularmente conhecido como “Sant’Ana”. Localizado no bairro Cará-Cará, o aeroporto municipal teve seu último voo comercial há seis meses, em 29 de março de 2025.
Qualquer investimento que se faça no aeroporto terá prazo de validade. O Sant’Ana foi construído num círculo de terra limitado pelo Rio Tibagi, pela ferrovia e pela rodovia. A ampliação da pista, para receber aeronaves de maior porte, é o ponto central de toda a discussão. Ocorre que, para isso acontecer, serão necessários altos investimentos e mesmo assim, pela complexidade da proposta, a execução do projeto levaria muitos anos.
É impossível o Sant’Ana atender as expectativas atuais de Ponta Grossa. O aeroporto não acompanhou o crescimento e o desenvolvimento socioeconômico do Município, em toda a sua história recebeu poucos e baixos investimentos e por muitos anos. Somente para ilustrar este cenário, de 2003 a 2016 o Aeroporto ficou sem receber voos comerciais regulares, resumindo suas operações à aviação geral e ao Aeroclube do Município.
Por todas as suas potencialidades, por tudo o que representa em termos político e econômico ao Paraná e ao Brasil, Ponta Grossa não pode ficar sem aviões. O aeroporto é a porta do desenvolvimento e a linha aérea é imprescindível para os mais diferentes tipos de negócios e essência para o crescimento do comércio, do turismo, rede hoteleira, entre outros segmentos.