Editorial
As estratégias de PG para fazer frente ao vírus respiratório
Da Redação | 07 de junho de 2025 - 01:25

Se a população não se conscientizar da importância da vacina e não valorizar os esforços da Fundação Municipal de Saúde (FMS), para facilitar o acesso ao imunizante, todos os esforços no combate à gripe ficarão sem sentido e obsoletos. É preciso aliviar a capacidade de atendimentos das três UPAs de Ponta Grossa para se evitar o colapso no sistema de saúde.
Não é, com certeza, um problema exclusivo de Ponta Grossa. Ontem (6), o Governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado da Saúde do Paraná (Sesa), publicou a Resolução nº 1.014/2025 que alerta para o enfrentamento de casos de Síndromes Respiratórias Agudas Graves (SRAGs). O documento detalha as medidas que devem ser adotadas pelos municípios para prevenção e controle das doenças no Estado, como atendimento prioritário para pacientes com sintomas de SRAG e novas medidas para reforçar a vacinação em grupos prioritários.
Diante da gravidade do cenário, a resolução também declara estado de alerta em saúde pública para o enfrentamento de SRAG, institui o Plano de Ação Estadual e determina a elaboração de planos de ação municipais. Ela tem validade de 90 dias. Conforme os dados da Sesa, desde o início do ano foram confirmados 10.635 casos e 523 óbitos por SRAG hospitalizado no Paraná. Destes, 991 casos e 85 óbitos são de Influenza, sendo que dentre as mortes, somente nove haviam se vacinado contra a gripe.
Atualmente existe muita pressão nas vagas de leitos hospitalares, tanto de enfermaria quanto também de UTIs em todo o Estado, e com essa resolução de alerta, as autoridades na área de saúde pretendem instituir o plano de ação para enfrentamento dessa síndrome respiratória aguda grave.
É importante criar estratégias para defender as vacinas, criticar o negacionismo e ressaltar os cuidados necessários com a imunização de crianças. O nicho de 0 a 6 anos forma hoje o segundo grupo com mais incidência de covid-19 no Paraná. Além disso, registra-se o preocupante retorno de ocorrência de casos, por exemplo, de coqueluche e sarampo devido à diminuição dos níveis de vacinação nos últimos anos. As vacinas são eficazes, seguras e salvam vidas.
O negacionismo é danoso e as vacinas não podem ter ideologias políticas. A intenção é desacreditar a ciência e criar condições para interpretações de cunho emocionais e irracionais. Os imunizantes são, necessariamente, resultado de rigorosos testes clínicos, revisados exaustivamente por comitês independentes, garantindo seguranças às pessoas e eficácia contra a doença.