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As estradas não podem ser ‘corredores’ de tragédias

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A morte de uma família de Ponta Grossa, num acidente registrado na BR-116, em São José dos Pinhais, não pode ficar apenas nas lamentações, consternações ou em decretos de luto oficial. É preciso um comprometimento das autoridades em identificar todos os fatores que provocaram essa tragédia, punir quem deve ser punido e apontar alternativas para que outras pessoas não pereçam nas estradas do Paraná, em circunstâncias como essa.

Os acidentes envolvendo caminhões são recorrentes. Outra questão: os acidentes de trânsito com caminhões nas estradas federais são mais letais do que os sinistros com outros tipos de automóveis. Proporcionalmente, as batidas, capotagens e atropelamentos envolvendo veículos de carga matam duas vezes mais. Especialistas avaliam que o cenário escancara, mais uma vez, a urgência por reforço na fiscalização para coibir abusos, além da necessidade recorrente d e investimentos para garantir melhorias nas condições de tráfego, principalmente em Minas, que tem uma das maiores malhas rodoviárias do país.

A letalidade dos acidentes de trânsito envolvendo caminhões nas rodovias federais, em 2023, foi praticamente o dobro da registrada em sinistros com outros tipos de veículos. Conforme dados da Polícia Rodoviária Federal (PRF), em 2023 os 17.579 sinistros com caminhões provocaram 2.611 mortes. A proporção é de 1 morte a cada 6,7 sinistros. Se analisarmos os dados com todos os tipos de veículos, teremos a proporção de 1 morte a cada 12 sinistros. (67.658 acidentes com 5.621 mortos).

Em 2021, o governo federal começou a testar o chamado drogômetro para realizar fiscalizações nas rodovias. No entanto, até o momento, ainda não houve a implementação desse equipamento. O Ministério da Justiça informou, por meio de sua assessoria de imprensa, que “elaborou, em parceria com o Hospital das Clínicas de Porto Alegre, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (HCPA/UFRGS), um relatório de viabilidade e implantação do projeto do drogômetro, que será divulgado em breve”, mas ainda não há informações sobre quando isso vai acontecer.

O acidente com o resultado da morte da família de Ponta Grossa está sendo investigado pela Polícia Civil como homicídio culposo na direção de veículo automotor — quando não há a intenção de matar. A partir de toda dinâmica e análise dos fatos, já com o inquérito instaurado, será possível verificar as circunstâncias em que os fatos aconteceram e apontar a eventual responsabilidade pelo ocorrido. Testemunhas relataram que a carreta que provocou o acidente surgiu em alta velocidade na rodovia e, sem perceber o congestionamento, prensou o carro contra o caminhão da frente.

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