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As rodovias das riquezas acumulam problemas

É preciso considerar que a população aumentou, assim como a cidade cresceu, e o sistema não acompanhou esta expansão.
É preciso considerar que a população aumentou, assim como a cidade cresceu, e o sistema não acompanhou esta expansão. -

Muito embora com números impressionantes, os acidentes nos trechos urbanos das BR-376, BR-373 e PR-151 não ecoam nas prioridades do poder público e passam longe dos debates sobre a segurança rodoviária. Enquanto isso, pessoas perdem a vida nesses locais ou saem gravemente feridas por conta das colisões, tombamentos, capotamentos ou atropelamentos. 

É uma triste realidade. Essas rodovias impulsionaram o desenvolvimento socioeconômico, facilitaram a integração e colocaram Ponta Grossa na rota das exportações e riquezas. O status de maior entroncamento rodoviário do Sul do Brasil, hoje é uma grande dor de cabeça, por conta da falta de segurança e da grande quantidade de sinistros.

Alguns setores da sociedade imputam o acidente à falha humana, colocando o condutor num círculo fechado e atribuindo a ele o desrespeito às leis de trânsito. Mas, existem falhas nesses trechos urbanos, a sinalização não se mostra eficiente, a fiscalização é tímida e o número de veículos em circulação – em especial os caminhões – é bastante significativo.

O acidente registrado ontem (18), à tarde, na BR-376, no trecho do Viaduto do Núcleo Santa Terezinha, parece “filme repetido”. Dois caminhões, um carro e uma van se envolveram num engavetamento, fechando a estrada e provocando enormes engarrafamentos. As ocorrências são rotineiras, provocando medo à população e transtorno para quem está viajando. 

Melhorar a malha rodoviária que cruza os arredores de Ponta Grossa é uma das prioridades para a infraestrutura dos Campos Gerais, uma das áreas com maior crescimento industrial nos últimos anos no Paraná. A necessidade de melhorias nesse modal foi apontada por lideranças do setor produtivo e da sociedade civil da região durante reunião de atualização do Plano Estadual de Logística em Transporte (PELT 2035), realizada há dois anos. Até agora, nada foi feito.

Ponta Grossa se caracteriza como um polo industrial extremamente diversificado, que vai da agroindústria à indústria automobilística. A cidade cresceu muito, porém também aumentaram os problemas de mobilidade. Uma das obras prioritárias é a construção do contorno rodoviário de Ponta Grossa, que desafogaria o tráfego de caminhões que hoje sobrecarrega as rodovias. A sociedade precisa se posicionar e cobrar providências.

Não dá para esperar nem um dia a mais. É imperdoável que pessoas continuem morrendo nos trechos urbanos das rodovias de Ponta Grossa e que esses fatos sejam observados como mera estatística. Os moradores exigem providências e os políticos têm a obrigação de atendê-los.

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