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CPI da Pandemia baterá à porta de Bolsonaro

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A pauta-bomba da CPI da Pandemia, nessa sexta-feira (25), no Senado Federal, abalou as estruturas do Palácio do Planalto. A oitiva dos irmãos Miranda (Luis Ricardo e Luis Miranda), recheada de provas documentais, pode levar os integrantes da comissão para um novo caminho de investigação. No mínimo é comprometedor o que foi dito na sessão de ontem

Luis Ricardo foi convidado após a CPI ter tido acesso ao depoimento dele ao Ministério Público Federal (MPF), em investigações sobre supostas irregularidades no processo de aquisição do imunizante indiano. O servidor disse ter sofrido pressão atípica de superiores; ele também revelou que membros do governo federal articularam, junto à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), em favor da vacina.

O fato é que após dois meses do início das atividades da CPI da Covid, os integrantes do colegiado ingressam em uma nova linha de investigação. Até a semana passada os senadores apuravam a suposta existência de um “gabinete paralelo”, isto é, um grupo com conselheiros do presidente Jair Bolsonaro sobre a gestão da pandemia de covid-19 fora das diretrizes do Ministério da Saúde. Mas a denúncia de possíveis irregularidades nas negociações para compras da vacina indiana Covaxin mudou os rumos da comissão.

O governo Bolsonaro pode ser ‘emparedado’ a partir de agora. A CPI obteve telegrama sigiloso enviado em agosto ao Itamaraty pela embaixada brasileira em Nova Délhi informando que o imunizante produzido pela Bharat Biotech tinha o preço estimado em US$ 1,34 por dose. Em fevereiro, porém, o Ministério da Saúde concordou em pagar US$ 15 por unidade (R$ 80,70 na cotação da época), o que fez da Covaxin a mais cara das seis vacinas compradas até agora pelo Brasil. Na ocasião, o ministro da Saúde ainda era o general Eduardo Pazuello.

A compra não foi finalizada porque o escândalo estourou, mas o governo já havia feito reserva de R$ 1,6 bilhão para o pagamento. O valor final aceito pelo governo chama atenção também porque Pazuello afirmou à CPI que um dos motivos para sua gestão recusar a oferta de 70 milhões de doses da americana Pfizer no ano passado seria o preço alto do imunizante. A vacina, porém, foi oferecida ao Brasil por US$ 10, metade do preço cobrado pela farmacêutica aos governos dos Estados Unidos e do Reino Unido.

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