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Crise no transporte não é problema da população

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O impacto da crise no setor de transporte público, em Ponta Grossa, tem como um de seus principais gatilhos o contrato de concessão renovado em 2012, na administração do ex-prefeito Pedro Wosgrau. A empresa concessionária, Viação Campos Gerais, presta serviço à cidade desde 1993, assumindo, em 2002, a operacionalização do sistema.

É um assunto espinhoso. Ontem (19), a Câmara Municipal de Ponta Grossa (CMPG) votou a favor, de indenizar a Viação Campos Gerais em mais de R$ 1,7 milhão pelos dias que a empresa ficou parada, por conta do decreto do lockdown, e não pode exercer as atividades do transporte público coletivo.

Presenta na sessão, o diretor de relações institucionais da Viação Campos Gerais (VCG), Rodrigo Venske, apresentou dados técnicos e alegou que houve, em 14 meses, um desequilíbrio brutal nas contas da concessionária. Ele voltou a falar que, “na pandemia, perdemos R$ 52 milhões”, e “margem de 13 anos foi destruída em 14 meses”, ao falar sobre a atual situação da empresa.

A população não provocou essa situação, mas sofre grandes prejuízos por conta do serviço. Vale lembrar que uma greve ainda está em andamento e que apenas parte da frota continua circulando. É pouco ônibus para muita gente. A superlotação, entre outras consequências, potencializa o risco de contaminação do novo coronavírus, agravando uma situação extremamente sem controle.

Outro ponto a destacar nessa polêmica é que a Câmara instalará uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar a Viação Campos Gerais em relação ao cumprimento do contrato do transporte coletivo e também no uso que a companhia fará dos recursos recebidos da Prefeitura e que foram aprovados pelos parlamentares na sessão desta quarta-feira (19).

CPI contra a concessionária não é novidade. No passado, três ou quatro foram instauradas e seus resultados não atingiram os objetivos. Nos anos de 2009, 2013 e 2017, essas comissões foram criadas principalmente com o objetivo de discutir o valor da tarifa em Ponta Grossa. A passagem atual é uma das mais caras do Brasil.

É preciso pôr um ponto final nessa questão. A Prefeitura deve exigir da concessionária a prestação de um serviço eficiente, a empresa tem que pagar os salários atrasados para seus colaboradores e a população quer ver os ônibus circulando em sua totalidade pelas ruas.

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