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Sociedade quer seriedade na CPI da Pandemia

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Mais que apontar culpados, a sociedade espera soluções práticas para a vacinação, falta de oxigênio, de kits hospitalares, medicamentos, UTIs e EPIs. A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar as ações do governo e o uso de verbas federais na pandemia de covid-19 elegeu seu presidente nesta terça-feira (27). Os trabalhos serão comandados pelo senador Omar Aziz (PSD-AM), que indicou Renan Calheiros (MDB-AL) para a relatoria. O vice-presidente eleito é Randolfe Rodrigues (Rede-AP). 

Entre as ações que a CPI da Covid-19 vai investigar, contrárias ao que recomenda a Organização Mundial da Saúde (OMS) para conter a disseminação do vírus, estão a pressão do presidente Jair Bolsonaro para que médicos receitem a hidroxocloroquina, medicamento sem eficácia para o tratamento da Covid-19, o incentivo a aglomerações e ao não uso de máscaras.

Entre as omissões, estão a não criação de um comando nacional de combate ao novo coronavírus e a falta de planejamento na compra da vacina.

Batizada de CPI da Covid-19, e também chamada de CPI do Genocídio ou CPI da Morte, a comissão também vai apurar repasses federais a estados e municípios, depois de pressão da bancada governista que queria ampliar o escopo das apurações para tirar o foco do governo federal. 

Os integrantes da CPI devem realizar um trabalho técnico, com decisões equilibradas e coerentes. O Senado prometeu um trabalho técnico e lembrou que existe grande pressão para que os parlamentares tomem decisões equilibradas e coerentes. O fato é que não dá para discutir questões políticas em cima de quase 400 mil mortos. Um trabalho investigativo diligente requer foco técnico, ausência de viés político e atuação dentro dos limites constitucionais. Devem ser evitados excessos para que a comissão não seja tomada por radicalizações ideológicas ou se transforme em palanque político para a disputa eleitoral de 2022. 

Quanto ao governo, não deve temer as investigações, obrigando-se a assumir o compromisso de oferecer a sua contribuição, agindo com transparência e fornecendo todas as informações necessárias para a apuração dos fatos, sem perder de vista o interesse público

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