Editorial
Nova variante da covid chega ao Paraná. O que fazer?
Da Redação | 18 de fevereiro de 2021 - 01:52
O novo ano chegou com novas promessas, mas ainda assim com
novos desafios. O mais recente deles é desvendar as causas e os efeitos das
mutações genéticas ocorridas no vírus. As autoridades estão em alerta. Ontem
(17), a Secretaria de Estado da Saúde foi comunicada pela Fiocruz do Rio de
Janeiro, da confirmação de cinco pessoas contaminadas com a variante brasileira
do coronavírus (P1). Os casos são importados de Manaus, sendo que quatro pessoas
passaram por atendimento em Curitiba e uma em Campo Largo. Em Ponta Grossa não
existiriam notificações até o momento, mas entra em estado alerta em razão da proximidade
com essas duas cidades.
O Paraná é o 13º estado a apresentar casos confirmados de
infecção pela variante brasileira P1. com a chegada da variante ao Paraná, é
fundamental que as pessoas continuem com as medidas de cuidado, etiqueta
respiratória, higienização das mãos. Mas principalmente, evitem aglomerações,
pois esta nova cepa se mostrou ainda mais transmissível.
Como forma de tranquilizar a população, nota da Secretaria
Estadual da Saúde informa que não há transmissão local. Até o momento, o Lacen
já enviou 28 amostras positivas para a Covid-19 à Fiocruz, que é o laboratório
nacional responsável pelos exames de sequenciamento genético das amostras de
possíveis casos de contaminação pela variante. Das 28 amostras encaminhadas
positivas, 5 foram confirmadas com a nova cepa. Cerca de 70 estão em análise.
Embora existam centenas de variantes do coronavírus já identificadas no mundo, a variante brasileira P1 tem mutações que tornam o coronavírus mais contagioso e também mais resistente a anticorpos da doença, o que pode aumentar o número de casos inclusive entre as pessoas que já se recuperaram da covid-19.
Além do Brasil, outros quinze países já identificaram a nova
mutação do vírus, considerada responsável pela explosão de internações pela
Covid-19 em Manaus, no Amazonas. Vale destacar que as medidas de prevenção
também são eficazes contra as mutações, portanto, continuam as recomendações de
uso de máscara, distanciamento social, lavagem de mãos e uso de álcool em gel.