A balada e a covid

Depois não adianta chorar sobre o caixão do ente querido, que morreu em razão do coronavírus. Insensível em relação ao aumento do índice de contaminações e de mortes, e até demonstrando ‘pouco caso’ em relação à doença, parte da população de Ponta Grossa simplesmente não mudou sua rotina.

A Prefeitura de Ponta Grossa registrou, no último fim de semana, a abordagem de 439 estabelecimentos comerciais em decorrência da fiscalização do toque de recolher vigente no Município. Ao todo, 285 pessoas foram abordadas e orientadas pelos agentes no comércio. Em sete festas particulares que vinham sendo realizadas na cidade, foram emitidas 21 notificações por descumprimento do decreto 18.290/21. Dois estabelecimentos foram multados por estarem desacordo com o decreto mesmo após terem sido notificados anteriormente. 

De acordo com informações do Município, ainda durante a fiscalização, dois estabelecimentos foram multados por estarem desacordo com o decreto mesmo após terem sido notificados anteriormente. 

É muita irresponsabilidade. Ponta Grossa vive o pior momento da pandemia e as festinhas são realizadas em todos os setores da cidade. Bares continuam desrespeitando às normas sanitárias e instigando jovens a potencializarem a vida noturna. Um detalhe menosprezado por este segmento social é que não existem leitos disponíveis na rede pública.

Desde a edição dos decretos a Polícia Militar e a Guarda Municipal intensificaram seu trabalho para inibir o consumo de bebidas alcoólicas em locais públicos e o funcionamento de estabelecimentos comerciais fora do horário permitido, conforme as novas regras estaduais e municipais. É preciso colaboração e conduta consciente.

Mesmo com a vacinação, todo cuidado é pouco. A doença é mortal e não escolhe cor, sexo e religião; se é rico ou pobre; se é analfabeto ou tem ensino superior.