As lições do EstaR Digital

Ponta Grossa vai tirar algumas lições de todas essas questões relacionadas ao estacionamento regulamentado. Sem o serviço há praticamente 30 dias, os problemas no trânsito se agravam, o bloco de papel é ultrapassado e a operacionalização deste sistema, considerando a atual frota superior a 210 mil veículos, precisa ser reavaliada pela Autarquia Municipal de Trânsito (AMTT).

É preciso sair ao mercado para buscar novas tecnologias. A proposta da Cidatec, empresa alvo de uma investigação do Ministério Público, através da Operação Saturno, deflagrada em dezembro do ano passado do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), apresentou falhas em sua execução e foi avo de reclamação por parte dos motoristas.

A Prefeitura suspendeu o contrato com a empresa Cidatec no dia 21 de dezembro, após uma operação do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado prender vereadores, empresários e o ex-presidente da Autarquia Municipal de Trânsito e Transporte (AMTT), acusados num suposto esquema de corrupção. 

Levantamento realizado pela Prefeitura mostra que neste período da suspensão do EstaR Digital, o município deixou de arrecadar R$ 323 mil. É possível que, dependendo do resultado final das investigações do Gaeco, a Cidatec até possa ser condenada a ressarcir o Município, além de sofrer outras penalidades.

Uma cidade do porte de Ponta Grossa não pode ficar sem o estacionamento regulamentado. Neste sentido, a principal premissa da existência do Estar é viabilizar a rotatividade de vagas em áreas com grande fluxo de veículos e pessoas, contribuindo assim para que os motoristas possam estacionar em locais próximos ao comércio de forma fácil e orientada.

É fato que a suspensão do serviço apresentou dificuldade maior para os motoristas encontrarem vagas disponíveis, principalmente na região central, onde também se concentra o maior número de vagas e de estabelecimentos comerciais. O mesmo efeito atingiu os grandes bairros comerciais.