Polêmica envolvendo a Casa da Memória

Essa polêmica acerca da transferência do uso da Casa da Memória ao 1º Batalhão da Polícia Militar tem como pano de fundo a corrida eleitoral à Prefeitura e a Câmara de Vereadores. Se essa proposta não tivesse partido do chefe do Executivo, não haveria peso na balança da informação. Como também não haveria debate se não fosse ano eleitoral.

Infelizmente essa é a regra. O posicionamento contrário, tão importante num estado democrático, se sustenta por mera picuinha política, quando deveria protagonizar um debate saudável e produtivo. A Ponta Grossa moderna ainda tem resquício do provincianismo histórico que se manifesta por conveniência.

A transição do prédio histórico à Polícia Militar segue a mesma razão de a Estação Saudade ter sido passada ao Sistema Fecomércio. Este local já foi depredado e transformou-se, por muitos anos, em ponto de venda e consumo de drogas. Hoje, com a cessão, transborda em modernidade e valoriza ainda mais esta importante região de Ponta Grossa.

A memória do Município precisa ser preservada, mas não se observam manifestações quando um antigo casarão é demolido para a construção de um moderno edifício ou pior que isso: vira estacionamento de carros. Quando o Conselho Municipal do Patrimônio Histórico tenta preservar uma edificação, esbarra na falta de apoio e suas iniciativas nem sempre são exitosa.

É importante ressaltar que a proposta é repassar a Casa da Memória para uma organização centenária, de respeito inconteste e com uma vasta prestação de serviços à sociedade ponta-grossense. A PM é zelosa e certamente cuidará e manterá as origens desde importante imóvel localizado no Parque Ambiental.

Neste cenário, deve-se respeitar todos os posicionamentos conscientes e desconsiderar os murmúrios bradados por questões eleitoreiras. A PM precisa de um prédio na área central para ter maior comodidade e a Casa da Memória é uma grande opção.