Editorial
Ano letivo em debate
Da Redação | 04 de agosto de 2020 - 02:00
As sucessivas informações de um possível retorno das aulas na rede estadual de ensino, em setembro, dividem opiniões. Pais, alunos, professores e funcionários de escolas vivem incertezas. Não adianta definir estratégias ou protocolos antes de a pandemia mostrar sinais de enfraquecimento. Como também é inseguro colocar as crianças e jovens em sala de aula sem ter vacinas apropriadas.
Este tema movimentou debates nessa segunda-feira na Assembleia Legislativa. Parlamentares manifestaram, durante a sessão remota, a preocupação com um possível retorno às atividades escolares no Paraná devido a pandemia causada pelo novo coronavírus. Para os deputados, este não é momento para a volta de crianças e jovens às escolas. O líder do Governo, deputado Hussein Bakri (PSD), esclareceu o assunto, explicando que não haverá volta às aulas enquanto perdurar a questão sanitária.
Nessa esteira de opiniões, o líder da oposição, deputado Professor Lemos (PT), criticou a Resolução Conjunta 01/2020, do Comitê “Volta às Aulas”. É preciso uma reavaliação do assunto. Ele ressalta que a resolução joga a responsabilidade para os pais e professores.
Responsabilidade acima de tudo. As Secretarias de Educação e de Saúde devem discutir muito o assunto e avaliar. Existem, obviamente, as dificuldades da cadeia econômica da educação, mas ainda não é o momento. Se a partir de outubro houver uma queda grande nos casos de coronavírus, é a hora de discutir isso.
A Secretaria de Estado da Saúde integra o comitê que discute o retorno presencial das aulas, que é composto com outros representantes do Governo. O debate deve sendo feito a partir de avaliação dos protocolos de segurança e viabilidade. O fato é que não há, no momento, nenhuma condição para esta retomada. A Sesa, até o momento, não marcou qualquer dia para que as atividades presenciais sejam novamente efetivadas no Paraná.