O retorno do futebol

Ao permitir o retorno dos jogos do Campeonato Paranaense, a Secretaria de Estado e da Saúde (Sesa) sinaliza com uma flexibilização dos decretos que norteiam as medidas restritivas no Paraná. Mas existe um outro indicativo: muitos setores poderão ser autorizados a funcionar. O receio é que o futebol volta no momento em que o Estado enfrenta o pico da pandemia.

É importante citar que mesmo diante das sucessivas crises no país e que e se estendem a todas as cadeias da economia, o futebol não é impactado significativamente, porque conta com a ajuda de receitas de televisão, marketing e programas de sócio-torcedor. Pode ser pouco, mas o dinheiro sempre está entrando no caixa dos clubes. Ao mesmo tempo em que é uma inegável paixão, chega à contemporaneidade como uma atividade de forte impacto econômico-social.

De outro lado, a falta da gestão profissional é uma das grandes causas para que o futebol brasileiro não seja uma parte mais forte da economia do país, apesar do seu potencial de movimentar rios de dinheiro e massas de pessoas por meio dos escudos em campo. Falta também a integração necessária entre o meio futebolístico e os maiores agentes econômicos para que esse potencial seja sacramentado.

Os jogos do campeonato paranaense de futebol serão retomados amanhã (18), sem público e com o acesso restrito nos estádios aos atletas e comissões, organizadores e profissionais da imprensa. Ficou acordado que as partidas deverão respeitar todo o regramento sanitário estabelecido pela FPF e a Confederação Brasileira de Futebol (CBF), que foi referendado pela Secretaria de Estado da Saúde. As normas incluem realização de testes, aferição de temperatura e higienização dos estádios.