Recorde de mortes

Os esforços governamentais e das autoridades médicas se mostram limitados quando se analisam os números diários sobre casos positivos e mortes provocadas pela Covid-19. A população continua temerosa. O isolamento social e o uso de máscaras mostram-se eficientes, em alguns estados e cidades, mas não têm o apoio irrestrito da sociedade. Essa divisão de opiniões amplia conflitos e abre brechas para o avanço da contaminação.

A sexta-feira foi trágica para o Brasil. O país bateu novo recorde de mortes em um dia, com 217, e chegou a 2.141 óbitos em razão de infeção pelo novo coronavírus (covid-19). Já os casos confirmados nas últimas 24 horas também foram recorde, com 3.257, contabilizando o total de 33.682.

O número de mortes marcou um aumento de 11% em relação à quinta-feira (16), quando foram registradas 1.924 vítimas da covid-19. Já os casos confirmados representaram um crescimento de 10% sobre os dados de ontem, quando foram contabilizadas 30.425 pessoas infectadas. A taxa de letalidade do país ficou em 6,4%.

O governador Ratinho Junior disse que o Paraná tem planejamento para ‘quarentena pesada’ se os casos de coronavírus avançarem no estado. Conforme o governador, o protocolo de segurança com lockdown será acionado se nas próximas semanas for analisado um aumento dos casos da doença no Paraná. Isso inclui o fechamento de todas as atividades não essenciais.

Um terço dos pacientes que foram confirmados com o novo coronavírus no Paraná já estão liberados do tratamento. Os últimos dados da Secretaria da Saúde mostram que 281 pessoas estão recuperadas no Estado. São 125 pacientes em Curitiba e 156 nos demais municípios paranaenses.

Em Ponta Grossa, a Justiça decidiu validar todos os decretos municipais que permitem o escalonamento do comércio. Mas, é preciso aumentar a vigilância. A cidade não registrou mortes até o momento e todas as medidas adotadas pelo prefeito Marcelo Rangel mostram-se eficientes.