Editorial
Mais uma despesa
Da Redação | 22 de janeiro de 2020 - 02:04
IPTU, IPVA, material escolar, matricula ou rematrícula escolar, além das despesas comuns em qualquer início do ano. A conta é alta e mesmo assim o Conselho Nacional de Trânsito (Contran) manteve a decisão da obrigatoriedade da Placa do Mercosul a partir de 1º de fevereiro deste ano. Faltou sensibilidade do Governo Federal em não suspender os efeitos dessa resolução. É um gasto a mais para o brasileiro.
Em Ponta Grossa, o Procon realizou um levantamento sobre o custo para aquisição da placa veicular Mercosul, que deve ser adotada como novo padrão de Placas de Identificação Veicular (PIV) em todo o país até o final deste mês. O custo em Ponta Grossa aparece como uns dos mais altos em todo Estado, acima dos valores praticados em Guarapuava, Londrina, Maringá e Foz do Iguaçu.
Esses valores variam entre R$ 190 e R$ 230, podendo ficar até 30% acima da média no estado. No caso das motos, os valores variam de R$ 100 a R$ 130, mais de 35% maior que a média no estado de R$ 96,05. Dentre os fornecedores pesquisados, um único fornecedor de Curitiba fica a frente de Ponta Grossa, com a placa do Mercosul para carro sendo vendida a R$ 250. É uma exploração.
Essa Placa do Mercosul não tem relevância. Inspirado no padrão utilizado pela União Europeia, este modelo tem por objetivo formar um banco de dados único dos países do Mercosul, que auxiliará no controle de fronteiras, circulação de veículos em outros países e localização de carros roubados ou clonados, já que cada placa possuirá um chip de identificação. Maioria dos veículos têm seguro e alarmes.
O próprio presidente Jair Bolsonaro contestou a utilidade desta placa, mas o Contran teve voz mais alta. Se é tão importante, deveria ser gratuita. Chega de exploração.