E os empregos?

A população ainda aguarda uma efetiva ação do Governo Federal para a recolocação, no mercado de trabalho, deste imenso contingente de jovens, adultos e idosos que engrossam a fila do desemprego. Oportunizar um mercado de trabalho competitivo e estável deve integrar a lista de prioridades do presidente Jair Bolsonaro, assim como ele prometeu em sua campanha para presidente, em 2018. Tem muito desesperado. Tem muita família passando fome. Tem muita gente capacitada deixando o país por pura desesperança.

Recentemente, o secretário especial de Previdência e Trabalho, Rogério Marinho, assinou uma portaria que ampliou para 78 setores da economia a autorização permanente para que funcionários trabalhem aos domingos e nos feriados. Ele comunicou a medida que abrange, entre outros setores, o comércio, a indústria, os transportes em geral, a educação e a cultura.

Atualmente, 72 setores da economia têm autorização para que os funcionários trabalhem aos domingos e feriados. A nova portaria incluirá seis setores: indústria de extração de óleos vegetais e de biodiesel; indústria do vinho e de derivados de uva, indústria aeroespacial, comércio em geral, estabelecimentos destinados ao turismo em geral e serviços de manutenção aeroespacial.

Essa medida pode até prosperar, mas deve fazer parte de um ciclo de ações para diminuir o desemprego – considerado extremamente alto. Tem que incentivar o setor produtivo a abrir novas vagas para todas as categorias de trabalhadores. Medidas dessa natureza são necessárias para tirar o Brasil da crise e fazer a roda da economia girar.

Em todo o Brasil, em maio, foram criados 32.140 empregos formais. Se consideradas as vagas abertas desde janeiro, o número já chega a 351.063 novos postos com carteira assinada este ano. Com isso, o estoque de vagas no país chega a 38,761 milhões, o maior desde maio de 2016, quando o Caged havia registrado 38,783 milhões de vínculos empregatícios.