Editorial
Conscientização dos motoristas
Da Redação | 03 de maio de 2019 - 03:08
A mobilização social, através de ações conjuntas, é capaz de
chamar a atenção de condutores, passageiros e pedestres, estimulando a reflexão
sobre a necessidade de um trânsito mais seguro, consciente e cidadão.
É salutar a sistematização da educação para o trânsito para
levar este assunto de maneira mais lógica ao cidadão. Não é apenas distribuir
panfletos, mas buscar abordagens para atingir o público de forma mais
abrangente. Vai muito mais além.
A conduta responsável objetiva diminuir a taxa de mortalidade
no Estado, que é de 20,65%. Foram 2.338 óbitos em 2018, segundo o
Detran-Paraná. São números de mortes superiores a países que vivem em guerra. É
necessário tratar o tema com responsabilidade pelo Estado.
Neste cenário, a população precisa ter a consciência de que
muito dinheiro que se gasta com acidentes de trânsito poderia ser usado de
outras maneiras pela saúde. Assim, motoristas, pedestres, ciclistas, precisam cumprir
cada qual o seu papel, pensar sempre na conscientização.
De acordo com o Ministério da Saúde, foram registradas
37.345 mortes por acidentes de trânsito em 2016 no país, última contagem
fechada pelo órgão. Segundo o Sistema Único de Saúde (SUS), cerca de 60% dos
leitos hospitalares são ocupados por vítimas do trânsito.
No Paraná, o número de acidente de trânsito com morte caiu
8% em 2018 em relação ao mesmo período de 2017, passando de 2.547 para 2.338. A
preocupação, porém, está em relação aos ciclistas e motociclistas, ambos com
aumento de óbitos. Entre as motos, esse número cresceu 3% de 2017 (659) para
2018 (680). Nas bicicletas, saltou 47% - de 98 para 144.
O Maio Amarelo ocorre simultaneamente em 27 países e 423
cidades diferentes. O mês de conscientização foi lançado em 2014 a partir da
“Década de Ações para segurança no Trânsito”, ação da Organização das Nações
Unidas (ONU) sobre mortes no trânsito em todo o mundo.