Editorial
Entidades buscam soluções para o cárcere
Da Redação | 16 de maio de 2018 - 02:14
A informação de que o projeto da Casa de Custódia, prometida
para Ponta Grossa, foi engavetado, e que não existe previsão para o início das
obras do Centro de Triagem, provocaram
reações de entidades locais. O Conselho Comunitário de Segurança Pública
(Conseg) e o Movimento Campos Gerais de Igual Para Igual vão solicitar uma
audiência à governadora Cida Borguetti.
A Ordem dos Advogados do Brasil, o Poder Judiciário e o
Ministério Público precisam adotar a mesma postura, assim como as lideranças
políticas e empresariais do Município. Há uma grave crise carcerária por conta
da superlotação do Presídio Hildebrando de Souza e pela saturação da
Penitenciária Estadual de Ponta Grossa.
A superlotação é um problema de longa data que vem se
agravando com o aumento da criminalidade e com a transferência de presos de
outros municípios para o cadeião de Ponta Grossa, por conta da sua maior
estrutura e da presença da Polícia Militar e de agentes penitenciários.
Ponta Grossa precisa levantar a voz e bater o pé. Proporcionalmente,
a cidade tem menos vagas em relação a outros municípios no Estado. Hoje, segundo o Conselho Comunitário de Segurança,
na cadeia pública há 940 presos para 27 vagas. Ponta grossa e outras cidades enfrentam
uma crise carcerária nas delegacias de polícia que precisa ser sanada.
Em todo o Paraná, a missão é encontrar soluções e agilizar a
abertura de novas vagas no sistema penitenciário do Estado, além de promover
uma gestão humanizada da população carcerária, com ênfase na ressocialização
dos presos.