Editorial
Os números do Paraná
Da Redação | 31 de janeiro de 2018 - 02:08
Contra números existem argumentos? Pode até existir, mas o
fato é que a proposta administrativa do tucano Beto Richa coloca o Paraná numa
excepcional situação financeira ante a deterioração econômica sofrida ao longo
dos últimos anos, por outros Estados.
O Paraná é o segundo estado brasileiro com a melhor situação
fiscal, segundo apontamento feito pelo especialista em contas públicas Raul Velloso.
Ele cita que de 2015 a outubro de 2017 apenas cinco Estados apresentaram
melhora nas contas, enquanto as outras unidades da federação tiveram
deterioração nos números e acumulam deficit histórico, com rombo de R$ 60
bilhões. O Paraná apresentou saldo positivo de R$ 2 bilhões.
Em 2017, o Governo do Paraná mais que dobrou o volume de
investimentos contratados e fechou o ano com um volume recorde de R$ 3,67
bilhões, 132% maior que o registrado em 2016 (R$ 1,58 bilhão). O volume, somado
ao das estatais e demais poderes, alcançou R$ 6,8 bilhões em 2017, com
crescimento de 17% em relação ao ano anterior. Os números estão na Agência
Estadual de Notícias para conferência e análise.
A comparação é salutar. No Rio de Janeiro, por exemplo, a
crise econômica e a violência responderam pelo fechamento de 3.950
estabelecimentos comerciais, no primeiro trimestre de 2017, número que
representa alta de 31,8% em relação ao mesmo período de 2016, quando 2.996
estabelecimentos fecharam as portas. Os dados foram divulgados pelo Centro de
Estudos do CDL-Rio (Clube de Diretores Lojistas do Rio de Janeiro).
No Paraná o cenário é promissor. Ontem, o governador Beto
Richa recebeu no Palácio Iguaçu, mais de 300 prefeitos, de todas as regiões do
Estado, para o repasse de R$ 122 milhões de uma de cota extra do Imposto Sobre
Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS). Todos os 399 municípios receberão
uma parcela dos recursos, de acordo com a participação de cada um na formação
do bolo tributário.
O valor refere-se ao pagamento do imposto por empresas que
receberam incentivos fiscais do programa Paraná Competitivo para projetos de
investimentos no Estado. É o segundo ano consecutivo que o Governo do Estado
reforça o caixa dos municípios no início do exercício.