Editorial
Paz no trânsito
Da Redação | 17 de novembro de 2017 - 01:54
A morte de um ciclista na noite de terça-feira, na PR-513 (Ponta
Grossa/Distrito de Itaiacoca), não pode ser tratada como mera fatalidade.
Invariavelmente, o acidente com resultado de óbito é causado pela falha humana.
É importante citar que ocorrências dessa natureza podem ser reduzidas ou até
mesmo evitadas a partir da conscientização de todos os elementos humanos que
fazem parte deste sistema.
É uma grave falha de Ponta Grossa não realizar campanhas
educativas de trânsito com frequência. Essas ações de conscientização do
pedestre, condutor e ciclista acontecem com maior intensidade em setembro,
quando o trânsito é tematizado e lembrado. É um erro de estratégia. Blitz de
advertência e de orientação precisa acontecer assiduamente.
Mas, apenas iniciativas adotadas pelo poder público não
atingirão seus objetivos se as normas de trânsito não foram respeitadas. Especialistas
ressaltam que respeito, cortesia, cooperação, solidariedade e responsabilidade
constituem os eixos determinantes da transformação do comportamento do homem no
trânsito. Advertem que esta não é uma tarefa muito simples e fácil. Pois, para
transformar uma sociedade, é importante a participação, conscientização e o
desejo de cada criança, adolescente, adulto ou idoso. É necessário que os pais,
professores, empresários e as próprias autoridades percebam como atitudes
corretas no trânsito podem salvar vidas. Mas para mudar é preciso querer.
As particularidades de Ponta Grossa sugerem maior atenção no
trânsito. Ruas são estreitas, as rodovias cortam importantes regiões com grande
número de moradores, a topografia é acidentada, o percentual de vias
pavimentadas não atinge os índices aceitáveis, o número de veículos é grande e
a fiscalização é falha.