Editorial
Todos pelo Fantasma
Da Redação | 09 de agosto de 2017 - 02:48
Patrimônio de Ponta Grossa, o Operário Ferroviário divulga
positivamente o nome da cidade pelos estádios onde já jogou e assim o fará nos
campos em que ainda vai passar. O alvinegro faz uma campanha notável na Série D
e pode carimbar a passagem para a Série C do Brasileiro na próxima
segunda-feira, quando enfrentará o Maranhão. No confronto do último fim de
semana, o Fantasma demonstrou força física e notável orquestração tática ao
vencer o adversário pelo placar 3x1.
Com mais de 100 anos de história, o Operário poderia estar
desfilando entre os grandes times do futebol brasileiro. Se não está, é porque
estratégias e administrações equivocadas, no passado, não o deixaram avançar. O
time, apesar da excelente campanha na competição nacional, vive à sombra de uma
segunda divisão no Paraná.
É preciso seguir bons exemplos. A Chapecoense mostra para
maioria dos clubes brasileiros que com uma administração séria e competente, é
possível colher bons frutos, figurando entre os 10 primeiros no Campeonato
Brasileiro da Série A, sem jogadores com salários astronômicos faz bela
campanha, não deve ninguém e ainda sobra grana nos cofres.
Essa ascensão entre 2009 e 2014 foi considerada avassaladora
e o mais surpreendente nessa história é que a permanência de um time médio, de
forma tão consistente na elite do futebol é incomum, e a Chapecoense tem se mantido
de forma muito digna na série A, o que reflete a eficiência e a eficácia de sua
gestão.
O comércio e a indústria também precisam colaborar com o
alvinegro. E essa ajuda pode ser realizada de diferentes maneiras. Apenas o
dinheiro de bilheteria e de outras poucas fontes de recursos não são
suficientes para manter as aspirações do elenco. Há grandes multinacionais em Ponta
Grossa que poderiam patrocinar a equipe.