Editorial
O vândalo é inimigo da população
| 18 de fevereiro de 2017 - 03:01
Muito embora os delinquentes a tratem como a ‘arte do protesto’, a pichação extrapola os limites da lei e tem como pano de fundo a intenção de danificar o patrimônio público. É decepcionante para qualquer cidadão encontrar o seu muro ou parede de seu imóvel rabiscados ou com desenhos incompreensíveis. Pode, eventualmente, encontrar figuras obscenas e palavras ofensivas ao moral e aos bons costumes.
O pichador não contribui à arte. Pelo contrário. A dinâmica da ação dele detona o visual de Ponta Grossa. A Estação Saudade, marco inicial do progresso da cidade, que poderia ser um cartão-postal, foi detonada por indivíduos desse círculo. É uma pena um imóvel com grande representação histórica – símbolo de uma época auspiciosa do desenvolvimento do Município – ter sido alvo de banditisimo. A repressão deve acontecer à altura da ação dos pichadores. Mas deve-se, também, aplicar multas pesadas como medida pedagógica.
Há outras medidas que podem ser tomadas para inibir a pichação. A educação é uma delas e nesse contexto provocam-se educadores e pais para que orientem os seus alunos e filhos a não rabiscar bens públicos. É una questão de conscientização. A própria população deve assumir um papel de fiscalização, denunciando os casos e cobrando providências. É com esta expectativa que a Guarda Municipal saiu às ruas na tarde dessa sexta-feira, para entregar panfletos à população, pedindo ajuda para dar um basta à ação de pichadores.
Auxiliado pela Procuradoria Jurídica do município, Marcelo Rangel quer iniciar uma ‘cruzada contra o vandalismo’. O prefeito afirmou que enviará ao Legislativo Municipal um projeto que prevê duplicar e até quadruplicar a multa imposta para este tipo de crime, além de outras punições como a restrição de benefícios oferecidos pela Prefeitura, ao infrator.