Dinheiro
PG se torna a cidade que mais gera riquezas no interior do Paraná
Valor Adicionado de Ponta Grossa saltou de R$ 12,59 bilhões para R$ 15,37 bilhões de 2021 para 2022, superando em mais de R$ 1 bilhão a cidade de Londrina e se distanciando em R$ 2,5 bilhões da cidade de Maringá
Fernando Rogala | 17 de julho de 2023 - 09:58
O município de Ponta Grossa alcançou, em 2022, o status de ter o maior Valor Adicionado (VA) do interior do Estado e o quarto maior do Paraná. Isso significa que Ponta Grossa se tornou a cidade que mais gera riquezas fora de Curitiba e Região Metropolitana, após alcançar um VA total de R$ 15,37 bilhões, superando em mais de R$ 1 bilhão a cidade de Londrina e se distanciando em R$ 2,5 bilhões da cidade de Maringá. Os números constam no relatório preliminar da Secretaria de Estado da Fazenda, contidos no relatório do Índice de Participação dos Municípios no ICMS do Paraná.
No ano anterior, Ponta Grossa era a quinta colocada do Estado, e estava atrás de Maringá. Em 2021, o Valor Adicionado de Ponta Grossa foi de R$ 12,59 bilhões, valor que cresceu R$ 2,7 bilhões em 2022, em alta de 22,1%. Em 2021, o Valor Adicionado de Maringá era de R$ 12,64 bilhões, valor que subiu para R$ 12,78 bilhões no ano passado. Com isso, Ponta Grossa fica apenas atrás de São José dos Pinhais, Araucária (onde está a refinaria da Petrobras) e Curitiba no ranking do VA estadual.
Esse número de Ponta Grossa é impulsionado pelo segmento industrial. Somente esse setor foi responsável por um Valor Adicionado de R$ 9,20 bilhões, valor que cresceu 18,4% em relação aos R$ 7,2 bilhões acumulados em 2021. Isso significa que a indústria tem uma participação de 67,13% do VA total da cidade, o que corresponde a dois terços da geração de riquezas da cidade. O VA da indústria de Ponta Grossa também é o maior do interior do Estado, com uma vantagem de R$ 3,24 bilhões sobre a segunda colocada.
Também compõem o VA os setores do comércio e da agropecuária, nos quais Ponta Grossa, da mesma forma, apresentou evolução em relação a 2021. Somente no comércio, o Valor Adicionado alcançou um total de R$ 4,7 bilhões, montante que aumentou 17,34% em relação aos 4 bilhões atingidos em 2021. Já na agropecuária, o Valor Adicionado superou a marca de R$ 1 bilhão. O VA do setor passou de R$ 909,1 milhões, em 2021, para R$ 1,17 bilhão em 2022, em crescimento de 29,6%.
A Prefeita de Ponta Grossa, Elizabeth Schmidt, atribui esse crescimento a uma série de fatores. “Além do esforço e da competência dos nossos empreendedores, temos um ambiente propício para o crescimento. Nós eliminamos as burocracias, aceleramos os tramites de todos os processos e facilitamos a vida de quem pretende investir, crescer, gerar emprego e renda para nossa gente. Além disso, temos vantagens estratégicas, como a localização privilegiada, acesso fácil de escoamento da produção, grande capacidade a armazenamento e muita coragem. É exatamente por isso que estamos gerando riquezas nesse volume”, revelou ao Portal aRede e o Jornal da Manhã, reforçando que “tem mais por vir, ainda”. Confira o depoimento abaixo:
Valor cresceu R$ 6,6 bilhões em quatro anos
Quando a comparação se refere a um período maior, a evolução de Ponta Grossa fica mais evidente. Ao compilar os dados de 2022 em relação aos de 2018, ou seja, no período de quatro anos, Ponta Grossa teve uma evolução de 76,8% no Valor Adicionado. Na oportunidade, em 2018, Ponta Grossa tinha apenas o sétimo maior VA do Paraná, estando na quarta posição no interior, atrás de Foz do Iguaçu, Londrina e Maringá. Nesse período de quatro anos, o Valor Adicionado de Ponta Grossa foi o segundo que mais cresceu entre as oito maiores cidades, e teve o maior crescimento do interior em valores absolutos, com um aumento de R$ 6,68 bilhões no período – superior aos R$ 5,86 bilhões de Cascavel e aos R$ 5,28 bilhões de Londrina.
O que é VA
O cálculo do Valor Adicionado (VA) é obtido pela diferença entre as vendas brutas e o valor total dos insumos ou produtos adquiridos de terceiros, ou seja, equivale à soma do ‘lucro’ das empresas. O Valor Adicionado é utilizado, na macroeconomia, para a composição do Produto Interno Bruto (PIB).