Azul exalta potencial e revela otimismo com voos

Em entrevista ao Portal aRede e Jornal da Manhã, diretor da Companhia falou sobre as expectativas para a retomada dos voos em Ponta Grossa e mencionou outros destinos

Em menos de dois meses, os ponta-grossenses voltarão a poder voar, em voos comerciais, a partir do Aeroporto Sant’Ana. Está marcado para o dia 21 a retomada dos voos da Azul na cidade, na rota já operada pela Companhia entre 2016 e o início da pandemia, entre Ponta Grossa e Campinas. Por parte da Azul, são grandes as expectativas para a retomada, revelou o Gerente de planejamento de malha da Companhia, Vitor Silva, em live ao Portal aRede na tarde desta quinta-feira (28). Neste primeiro momento, serão três voos semanais, com o avião decolando de Campinas às 8h35, e saindo de Ponta Grossa às 10h45.

“Estamos muito felizes com essa retomada. A maior parte da população já está com as duas doses da vacina, o que dá maior confiança em viajar. É o momento adequado e as expectativas são as melhores possíveis. Venho aqui, representando o desejo da Azul de firmar uma parceria com toda a região, com toda a cidade, para que possamos ter ainda mais voos do que os que vamos começar”, informou Silva. Ele detalhou que os clientes de Ponta Grossa tem, principalmente, o perfil corporativo, de pessoas que viajam para negócios. “Temos o potencial grande de desenvolver um produto melhor, com a qualidade que a azul tem, e Ponta Grossa conseguir reagir a essa demanda”, reforçou.

O executivo também destacou algumas demandas que a Azul fez junto ao poder público municipal, para que a empresa operar nas condições ideais e possa aumentar a frequência, inclusive para outros destinos. “O investimento está sendo feito e interesse há. Precisamos operar em condições ruins de meteorologia, que são uma constante no Sul do Brasil. Sofremos com intempéries, com nevoeiro, frentes frias, que atrapalham nossa operação”, informou o executivo. “Precisamos ter IFR (Regras de voo por instrumentos) em condições IMC (Condições Meteorológicas de voo por instrumentos) em ambas as cabeceiras – hoje só uma cabeceira tem o IFR, e ainda é visual. Mas queremos conseguir operar as duas cabeceiras em condições ruins de visibilidade e teto. E o PAPI, que é um conjunto de luzes que ajudam o piloto a identificarem se está mais alto ou mais baixo na aproximação”, completou.

De acordo com o superintendente aeroportuário em Ponta Grossa, Victor Hugo de Oliveira, o município está fazendo um grande investimento para que as demandas da Azul possam ser atendidas o mais breve que for possível. “Uma das cabeceiras (08) vai virar IFR ‘full’, com os requisitos solicitados pela Azul (IMC), depois que mudarmos a categoria do aeroporto para III C (3 Charlie). E no outro lado (cabeceira 26) estamos trabalhando com a desapropriação de uma empresa para que isso seja possível. É um investimento alto, estamos trabalhando porque sabemos da importância disso, mas não são coisas que se resolvem da noite para o dia”, destacou. Segundo ele, a mudança de categoria ocorrerá em poucos meses, quando a desapropriação de uma chácara for concluída.

Novos destinos são estudados

Neste momento a prioridade é retomar os voos para Campinas e, posteriormente, aumentar a frequência para voos diários na cidade a partir de março. Depois, com o aeroporto mais estruturado, o executivo não descarta novos destinos. “Em cidades com capacidade semelhante a Ponta Grossa hoje a Azul opera 4 a 5 voos por dia, e nos finais de semana opera para o Nordeste. A região de Ponta Grossa, com 500 mil moradores, com certeza tem pessoas querendo ir para o nordeste direto, seria uma possibilidade se pudesse operar. E há uma relação muito grande no Sul com as capitais, como Florianópolis e Porto Alegre”, enumera. Para encerrar, ele reforça que com essa operação para o aeroporto de Viracopos, os ponta-grossenses ficam a uma ou duas conexões de uma infinidade de destinos nacionais e internacionais.