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Índice que reajusta aluguel sobe 23% em 12 meses

Apesar da alta acima de 20%, recomendação aos locatários é negociar
Apesar da alta acima de 20%, recomendação aos locatários é negociar -

Apesar da alta, vice-presidente de locação do Secovi diz que valor não reflete a realidade do mercado imobiliário 

Os contratos de alugueis residencial e comercial poderão ser reajustados, no início deste ano, em 23,14%. Isso acontece porque o Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M), um dos principais indicadores para reajustes contratuais, medido pela FGV (Fundação Getúlio Vargas), registrou esse crescimento nos últimos 12 meses, entre janeiro e dezembro de 2020. Isso significa, por exemplo, que alguém que pagou R$ 1 mil em 2020, passará a pagar R$ 1.231,40 em 2021. Porém, na prática, diante de toda conjuntura econômica e social do momento, o Sistema Secovi Paraná recomenda a negociação, de forma que a equação para locador e locatário fique equilibrada e não seja desvantajosa para um dos lados, para que ninguém saia perdendo.

Leonardo Baggio, vice-presidente de locação do Secovi-PR, informa que o IGP-M não está refletindo a realidade do mercado imobiliário, mencionando o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), que teve uma variação inferior a 5% no período. Diante disso, informa o profissional, os proprietários têm se mostrado realistas, principalmente para manter os ciclos de locação ativos. “O que temos orientado, se o contrato seguir o reajuste do IGP-M, é o bom senso, orientando que a negociação da locação tenha preço de mercado. É interessante que o locador mantenha o aluguel e o locatário pague um valor justo. Há a situação de pandemia e percebemos uma empatia bem interessante pelos proprietários, em relação a inquilinos”, informou.

Como o profissional explica, há uma balança a ser equilibrada, de modo que haja um reajuste, mas que este preço seja viável ao locatário, de modo que não impeça a continuidade, até porque o imóvel fechado pode trazer prejuízos. “Não adianta o proprietário querer aumentar muito, porque ele pode ter inadimplência, ou então ocorreu desocupação; ou não aumentar muito e manter o patrimônio locado, mas com perdas. E o imóvel desocupado tem IPTU, condomínio, risco invasão... então são vários fatores contam na hora do proprietário. Por isso, nós sempre tentamos evitar ao máximo desocupação”, reforça Baggio. 

Por outro lado, o vice-presidente de locação do Secovi afirma que a maioria dos contratos de locação leva em conta o IGP-M, e fica ao critério do dono do imóvel negociar essa alta ou repassar o percentual integral. “Não dá para julgar quem manter o reajuste, pois se está no contrato assinado, ele estão no seu direito. Mas eu diria que hoje a maioria está negociando”, reforça. Para quem tem contrato particular, Baggio orienta os locatários a procurar uma imobiliária para fazer a avaliação do imóvel, ou se não tem uma empresa de confiança, procurar o Secovi para indicar uma imobiliária apta para isso, para que tenha uma referência de valor do mercado - o que pode ser útil nessa negociação.

Setores impactam no aumento

O IGP-M variou 0,96% em dezembro, percentual inferior ao apurado em novembro, quando havia apresentado taxa de 3,28%. Em dezembro de 2019, o índice havia subido 2,09% e acumulava alta de 7,30% em 12 meses. Baggio menciona alguns motivos para essa alta na casa dos 23%: “O que distorceu bastante e teve muita influência foi a alta do dólar. Houve variações nos preços das commodities e nos preços dos materiais de construção civil, que pesam no ‘mix’ de variáveis que formam o IGP-M”, diz. Os números do estudo apontam alta, nestes 12 meses, de 59,96% no preço das matérias primas brutas, e de 49,43% nos produtos agropecuários. 

Alta começou no 2º semestre e atingiu pico em novembro

O índice fechado em dezembro (23,14%) não foi o maior registrado neste último ano. Esta marca foi registrada em novembro, quando o valor acumulado entre dezembro de 2019 e novembro de 2020 atingiu o valor de 24,52%. Entre os meses de janeiro e julho, a variação percentual anual girava entre 6 e 7%, e disparou no segundo semestre, começando com 7,31% em junho, 9,27% em julho, 13,02% em agosto, 17,94% em setembro, 20,93% em outubro, chegando aos 24,5% em novembro

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