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Lei Magnitsky, o tiro no pé do império

Imagem ilustrativa da imagem Lei Magnitsky, o tiro no pé do império

Por Mário Sérgio de Melo

Há quem acredite que a Lei Magnitsky dos EUA seja a favor da democracia e liberdade. Abra os olhos! Vamos usar discernimento e bom senso. Essa lei é outra legislação extraterritorial do império estadunidense, que visa submeter outros países a seus interesses. Leis que são usadas fora dos EUA, contra qualquer um, cidadão ou nação. O livro “A arapuca estadunidense: uma Lava Jato mundial” (F. Pierucci e M. Aron, Kotter Editorial, 2019) conta como uma dessas leis foi usada para que a General Electric engolisse a francesa Alstom, concorrente mundial na área de usinas nucleares. Com suas leis desleais, os EUA distorcem, manipulam, ameaçam, chantageiam, espionam, torturam para favorecer seus interesses.

Os EUA não são a nação guardiã da democracia e da liberdade no mundo, que se arroga ser. O “destino manifesto” faz os estadunidenses crerem que são predestinados a dominar o mundo, e azar daqueles que discordarem. As bombas de Hiroshima e Nagasaki – maior ato terrorista da História –, a imposição do dólar como moeda mundial, os golpes, guerras e bloqueios impostos contra todos os governos insubmissos ao domínio do Tio Sam, o desvario atual de Trump, taxando inclusive países alinhados, mostram quem é a águia do Norte. Acuados ao perceber a decadência do império e a tendência de multilateralismo no mundo, o antes hegemônico EUA desfaz-se da máscara de paladino da justiça, assume a nação guerreira e opressiva que sempre tentou disfarçar ser.

As punições via Lei Magnistiky de autoridades brasileiras – estas empenhadas em amenizar os efeitos do desgoverno que tentou desviar o Brasil para o autoritarismo, a submissão, o entreguismo e o negacionismo, desgoverno agora julgado pelos seus crimes contra a Constituição –, é outra mostra do desespero do império em decadência. Para tentar convencer que estão agindo em nome da democracia e da liberdade, os EUA contam com aliados de peso: a desinformação via mídias estadunidenses, que eles impedem que sejam regulamentadas; os aliados entreguistas locais, cúmplices da rapinagem internacional; a ignorância negacionista imposta à população; o complexo de vira-lata de muitos brasileiros, que não conseguem enxergar o que significam as leis extraterritoriais como a Magnitisky. Traduzindo-as, elas querem dizer o seguinte: “Eu tenho poder militar, econômico e tecnológico, você não. Se você não me obedecer, eu tenho direito de usar meu poder contra você, da maneira que eu bem entender”.

As ações desesperadas do agonizante império hegemônico – não só as leis extraterritoriais, mas também as taxações, as guerras genocidas que apoiam, os bloqueios e chantagens econômicas, a negação do aquecimento global e da emergência climática, a desfaçatez com as organizações, acordos e a diplomacia internacional – revelam afinal quem são os EUA. Caiu a máscara do império.

A população brasileira – e a mundial – está acordando para discernir quem é quem, e aprendendo a valorizar a soberania nacional, a verdadeira democracia e a liberdade.

Mário Sérgio de Melo é Geólogo, professor aposentado do Departamento de Geociências da UEPG

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