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E se faltasse batata no prato dos brasileiros?
Da Redação | 07 de outubro de 2021 - 01:20
Por Florindo Orsi
A batata é uma das hortaliças mais importantes do Brasil – e
também uma das mais amadas: são 16,6 quilos consumidos per capita ao ano, de
diversas formas: naturais, industrializados, fritos, assados, cozidos, sozinhos
ou acompanhados. Entretanto, oferecer esse alimento em abundância e qualidade à
sociedade não é uma tarefa fácil. Os desafios fitossanitários, se não
enfrentados com sucesso, podem levar à perda de até 100% da produção
nacional.
E essa produção não é pequena. São 3,7 milhões de toneladas
colhidas anualmente no país, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística (IBGE). Com a falta de manejo adequado para o solo e as sementes e
com deficiências no controle de insetos, fungos e plantas daninhas, certamente
faltaria batata no prato dos brasileiros. E quais seriam os efeitos dessa falta
do cultivo? O primeiro deles seria o aumento dos preços.
A inflação seria causada pela ausência do tubérculo diante
de uma demanda alta e seria um problema também para toda a cadeia alimentícia
que utiliza a batata – como as hamburguerias, por exemplo. A falta causaria um
problema econômico muito mais grave, afinal, a bataticultura movimenta R$ 5,4
bilhões por ano, segundo o IBGE, sendo que a cultura está concentrada em 10 estados
brasileiros, além do Distrito Federal.
Alguns inimigos do cultivo de batata são os fungos, que
causam doenças como a requeima, a pinta-preta e a canela-preta. Entre as
plantas daninhas, estão o caruru, a corda-de-viola e alguns tipos de capim. E
não é só isso – ainda há os insetos, com destaque para a larva-alfinete, a
traça da batata e a mosca-branca. Os desafios são reais nas principais regiões
produtoras, como Minas Gerais (que detém 32% do total colhido), Paraná (20%),
São Paulo (18%) e Rio Grande do Sul (12%).
Pensando em capacitar e aprimorar os conhecimentos dos
produtores brasileiros, a UPL – uma das quatro maiores empresas de soluções
agrícolas do país – disponibilizou gratuitamente o livro "Batata: desafios
fitossanitários e manejo sustentável", com 319 páginas de informação com
alta qualidade técnica, no site https://boletimtecnico.uplbrasil.com.br/batata/.
O trabalho foi coordenado por Angélica Pitelli Merenda, doutora em agronomia
pela Universidade Estadual Paulista (Unesp).
Cada um dos 13 capítulos é assinado por pesquisadores e
colaboradores do grupo CRIAR, um grupo voluntário de especialistas mantido pela
UPL para fomentar o compartilhamento de conhecimentos e discutir pontos
relevantes da agricultura nacional. Cada um desses autores são importantes
consultores da cadeia e especialistas com grande vivência na cultura no Brasil.
Na obra, eles abordam a implantação da cultura, a ecofisiologia da batata, bactérias,
fungos, viroses, nematoides, potato spindle tuber viroid (ou viróide do
tubérculo afilado da batata, em tradução livre), ervas daninhas, insetos e
mercado.
Até o lançamento, não havia nenhuma publicação atualizada no mercado com esse foco. Assim, com essa importante obra e o apoio dos 12 membros do Grupo Criar, a UPL se propõe a investir em inovações que beneficiem a produção sustentável de alimentos, beneficiando não apenas o ciclo agrícola, que pode produzir mais e ter maior rentabilidade, mas também a sociedade brasileira, que terá mais alimentos, com qualidade maior e preços acessíveis.