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Setor de energia elétrica: oportunidade ou risco em 2021?
As estimativas passaram a variar entre 6% e 6,71%, acima do teto da meta, que era de 5,25%.
Da Redação | 07 de julho de 2021 - 02:39
Por Valdo Marques
O reajuste da bandeira tarifária vermelha 2, anunciado
pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), levou o mercado a
revisar suas projeções para a inflação em 2021. As estimativas passaram a
variar entre 6% e 6,71%, acima do teto da meta, que era de 5,25%.
O acréscimo no valor da conta de luz será usado para bancar os custos com a
maior utilização das usinas termoelétricas, em função da baixa recorde dos
reservatórios de água e do risco de um novo desabastecimento de energia no
País. A taxa extra cobrada passou de R$ 6,24 para R$ 9,49 a cada 100
quilowatts-hora (kWh) consumidos.
O fato é que a crise hídrica que vem se instalando no País já reúne prejuízos,
principalmente para as geradoras dependentes das hidrelétricas, que, sem
água nos reservatórios, terão de recorrer a preços elevados do mercado de curto
prazo para honrar seus contratos de fornecimento.
As distribuidoras, por sua vez, podem sofrer com a queda de consumo, maior
inadimplência e, ainda, com furtos de energia, consequências dos aumentos
da conta de luz em meio à crise. E isso já se traduz em perda de
valor. Desde o alerta do governo de emergência hídrica, em 28 de maio, as
empresas do segmento foram as que mais se desvalorizaram na Bolsa.
As hidrelétricas já operavam com dificuldade em 2020. O fantasma do apagão só
não apareceu à época porque, com a pandemia de Covid-19 e a economia
desacelerada, o consumo também caiu.
Mesmo com o risco de um apagão batendo à porta do Brasil, ainda é possível
assegurar a retomada das atividades empresariais, sem solução de continuidade,
mantendo a aceleração da nossa economia. Para isso, investir em grupos
geradores, com o objetivo de garantir a autonomia energética e assegurar a
disponibilidade do sistema de geração de energia, tornou-se imprescindível.
Tanto que a Stemac, maior especialista nacional na fabricação e comercialização
de grupos geradores, registrou um aumento de 35% em suas demandas nos últimos
60 dias. A procura se deve ao temor da falta de energia,
nas prestadoras de serviços indispensáveis, como hospitais, supermercados
e farmácias, além de empresas, shoppings, indústrias e até condomínios
residenciais, numa tentativa de evitar grandes transtornos. Nesse sentido, a
empresa oferece soluções eficazes, seguras e imediatas, capazes de garantir
energia 24h, sem interrupção, com uma relação custo-benefício compatível
com o atual momento.
No entanto, é importante que as pessoas também adotem um comportamento
consciente e assumam o compromisso de evitar o desperdício de
energia, revendo hábitos individuais e coletivos do dia a dia
que contribuam para preservar água nos reservatórios e para reduzir a
geração termoelétrica.
E, ainda, que o governo implemente uma campanha voluntária de economia, só
assim poderemos diminuir o custo total da produção de energia. Por fim e não
menos importante, vamos torcer para que chova. E muito!
Valdo Marques é Vice-Presidente Executivo da Stemac, empresa que oferece
soluções em Grupos Geradores comercial, empresarial e industrial