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A Língua Brasileira de Sinais (Libras) é para todos brasileiros
Da Redação | 17 de setembro de 2020 - 02:53
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Quando falamos sobre educação, não podemos deixar de
considerar os avanços e conquistas que o cenário brasileiro tem vivenciado.
Contudo, sabemos ainda que tem muito a ser feito e que o caminho diante de nós
é de grandes desafios a serem superados.
E se as muitas conquistas que precisamos alcançar na
educação exigem de nós uma série de fatores como conhecimento, adaptação,
flexibilização e tantos outros. Como proporcionar educação ao surdo que por
tanto tempo viveu e ainda vive às margens da sociedade que é majoritariamente
ouvinte? Como podemos considerar a inclusão social do surdo neste cenário
educacional e cultural?
Sabemos também que em muitas escolas públicas e privadas em
boa parte do país, não há uma educação que busca capacitar o surdo a aprender
sua própria língua. Quanto mais capacitar a criança ouvinte na língua de
sinais. Afinal de contas, quando falamos sobre inclusão, precisamos considerar
também a partir da perspectiva do surdo.
Apesar de ser grande a deficiência no ambiente educacional,
e aqui abordo especificamente a inclusão do surdo, essa realidade começou a
ganhar força de mudança quando ficou determinado pela lei 10.436 de 24 de abril
de 2002, que Libras seria reconhecida como língua oficial da comunidade surda
do Brasil.
A partir de então começamos a dar passos para que de fato o
surdo ganhe “voz” em nossa sociedade. Entretanto, quando direcionamos nosso
olhar para a realidade do surdo vivendo numa sociedade majoritariamente
ouvinte, iremos conseguir perceber o enorme esforço que ele faz para ser
incluído, em diversos aspectos da sociedade, seja econômico, cultural e
educacional.
Ainda que de maneira sucinta, abordamos sobre os avanços da
educação, também sobre a realidade do surdo nos diferentes contextos sociais, e
o esforço feito para que esta comunidade seja reconhecida ganhando visibilidade
e voz. Mas o ouvinte? Qual tem sido o esforço por parte da sociedade ouvinte em
aprender Libras para se comunicar e conviver mais com os surdos?
Sabemos que essa é uma realidade um pouco distante. E mesmo
que muitos não tenham este interesse, isto é, de aprender Libras, a lei
brasileira está posta para se valer. Como também, instituições públicas e
privadas se preparando cada vez mais para que seja muito melhor, e porque não
dizer, mais ‘normal’ o convívio entre ouvintes e surdos usufruindo a mesma
comunicação, a saber, Libras.
Por tantos aspectos que aos poucos começam a ser
considerados para a inclusão do surdo, é bom vislumbrar uma realidade, ainda
que um pouco remota, onde o ouvinte se envolve de maneira ativa buscando
conhecer a língua brasileira de sinais e com isso possibilitando de fato uma
realidade em que a comunicação de Libras possa se fazer para todos os
brasileiros.
Leonardo Taveira é professor do curso de Pedagogia do
Centro Universitário Internacional Uninter.