Debates
Filhos em férias. E agora?
Da Redação | 07 de dezembro de 2019 - 01:29
Por
Ao findar um ano desgastante de uma rotina nem um pouco
fácil, enfim chegam as tão esperadas férias escolares. O que para as crianças é
um sonho de consumo, para os pais pode ser um tormento: o que fazer com tanta
energia dentro de casa?
Na teoria, os pais planejam várias atividades em família:
idas ao shopping, piqueniques no parque, brincadeiras no parquinho do
condomínio, jogos de futebol juntos, contação de histórias e outros programas
que parecem ser suficientes para satisfazer a necessidade de gasto de energia.
Na prática, o planejamento e preparação dos pais não supre nem as primeiras
semanas. A falta de uma rotina e, muitas vezes, de limites, acaba frustrando os
pequenos foliões e gerando um conflito familiar.
A rotina anual dos pais, que não é nada fácil, somada à necessidade
de se trabalhar enquanto os filhos estão de férias sem ter com quem deixar os
pequenos tem se tornado um problema recorrente nas famílias brasileiras.
Calma! Há uma luz no fim do túnel: as colônias de férias.
Entre dezembro e janeiro, grande parte das escolas
particulares, clubes, secretarias de esporte e lazer dos municípios,
associações e empresas do Sistema “S” (Sesc, Sesi, entre outros) oferecem
atividades recreativas para garantir que as crianças tenham onde descarregar as
energias acumuladas e que os pais possam trabalhar despreocupados. Quem pensa
que colônia de férias é só brincadeira, pode se surpreender com o que esta
atividade oferece aos pequenos de todas as idades. Para além da pura diversão,
estes momentos promovem a socialização, o aprendizado, a aquisição de
habilidades motoras e cognitivas e o cultivo de novas amizades.
As colônias de férias também incrementam o mercado de
trabalho temporário, oportunizando aos profissionais e acadêmicos de Educação
Física e áreas afins (Hotelaria, Pedagogia, Letras, Artes) uma fonte de renda
ou até mesmo o início de uma nova carreira. O campo de trabalho para monitores
de recreação aumenta exponencialmente neste período, sobretudo se considerarmos
o grande número de hotéis e resorts que oferecem este serviço aos seus
hóspedes.
Para as famílias que não têm condições de arcar com esta
despesa extra, o jeito é se desdobrar para que as férias de seus filhos não
sejam monótonas. A tentação de deixar as crianças na casa dos avós é grande,
mas é necessário um pouco de criatividade e muito jogo de cintura para não
sobrecarregar os “bons velhinhos”. Ao invés de enxergar as férias escolares
como um fardo pesado, os pais podem ver neste período uma oportunidade de
compartilhar momentos de qualidade com seus filhos, fortalecendo vínculos e
criando uma coleção de memórias afetivas.
Criança é sinônimo de alegria! Aproveite para mostrar que
esta festa é mais completa quando tem a participação de todos.
Boas férias!
Carlos Alberto Holdefer é professor especialista
nos cursos de Licenciatura e Bacharelado em Educação Física do Centro
Universitário Internacional Uninter.