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Bons ventos sopram no campo

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Por Daniel Zacher

As perspectivas do cenário agro econômico para a produção de grãos no Brasil são promissoras e o segmento de máquinas agrícolas atravessa um momento de expectativas positivas em curto, médio e longo prazo.

O ambiente internacional colabora com essa previsão. A guerra comercial entre Estados Unidos e China com o encarecimento da soja americana após o aumento da tarifa de importação incentivou os chineses a importar mais grãos brasileiros.

Outros aspectos, como a quebra da safra norte-americana de grãos em função de fenômenos climáticos adversos favorecem o Brasil como coadjuvante nessa disputa.

Vale lembrar ainda o avanço da peste suína africana (PSA) na Ásia que, segundo analistas de mercado, pode manter aquecidos os embarques brasileiros de carne por mais um ano. Entre janeiro e junho deste ano a China foi o principal destino das exportações brasileiras, com incremento de 22,6% das compras no período de acordo com dados divulgados pela ABPA (Associação Brasileira de Proteína Animal).

Em médio e longo prazos novos acordos “prometem” oportunidades mais à frente para o setor de máquinas agrícolas. Referimo-nos aqui ao acordo do Mercosul com a Comunidade Europeia e seus impactos na ampliação do mercado Europeu de commodities agrícolas e também na redução das tarifas para máquinas;  e à potencial entrada do País na OCDE (Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico), cujos critérios incluem códigos de teste de tratores para assegurar requisitos mínimos de segurança e qualidade industrial, e o portfólio de normas para produção e sanidade agroflorestal.

Nesse contexto vale dizer que a queda de 10% registrada de janeiro a julho deste ano pela Anfavea na venda doméstica de tratores, em relação ao mesmo período do ano passado, e que se deve à antecipação da compra em 2018 pela introdução do Proconve/MAR-1 em janeiro de 2019, e à suspensão pelo BNDES, em abril, dos pedidos de financiamento pelo Moderfrota (Programa de Modernização da Frota de Tratores Agrícolas e Implementos Associados e Colheitadeiras) teve seu impacto, mas o momento agora é de crescimento.

A venda das colhedoras de grãos nos primeiros sete meses do ano fechou em alta de 13,3% em relação a igual período de 2018. Voltando à soja, uma das principais commodities brasileiras, esse panorama aponta para o crescimento da safra em torno de 7%, tornando o País o maior produtor do grão no mundo pela primeira vez. Também o milho deverá crescer 3%, e ultrapassar as 100 milhões de toneladas.

Em relação às vendas totais de máquinas agrícolas no Brasil, as expectativas são de crescimento acima de 5% com relação ao ano anterior, a se confirmar na próxima Expointer, em Esteio (RS), referência no segmento agrícola e indicadora de tendências.

Bons ventos à parte as incertezas e as crises sempre rondam as economias com suas consequências, o que faz do debate e da troca de experiências algo indispensável especialmente no ambiente volátil como o que vivemos.

Com o objetivo de promover esse tipo de diálogo o 11º Simpósio SAE BRASIL de Máquinas Agrícolas, reunirá em Porto Alegre (RS) lideranças do setor, fabricantes, montadoras, entidades e consultorias para falar de perspectivas agroeconômicas, visão do mercado pelos principais atores e tecnologia de ponta de última geração em máquinas e implementos, além de oportunidades em serviços no segmento. Dia 29 de agosto, no Salão de Convenções Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (FIERGS).

Daniel Zacher é engenheiro, diretor geral da Tekter Consultoria e chairperson do 11º Simpósio SAE BRASIL de Máquinas Agrícolas

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