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Imagem ilustrativa da imagem Operação Lava Limpo

Por Mário Sérgio de Melo

Boa parte da população brasileira vê na Operação Lava Jato o remédio para um mal crônico que sangra a saúde moral e econômica do país: a corrupção. Mas urge refletir sobre a verdadeira razão da operação.

Combater a corrupção enraizada no modo de ser do brasileiro é necessidade capital. Mas acreditar que ela foi inaugurada e é exclusiva de um único partido ou ideologia política é um erro que põe a perder qualquer tentativa honesta de debelar o mal. Seria como acreditar que a cura de um paciente com metástase generalizada pudesse ser curado cortando-se um dedo que apresentasse sintomas de degeneração.

É preciso que o povo brasileiro tenha a lucidez e a honestidade de reconhecer que a corrupção está disseminada entre nós, mesmo nas situações mais prosaicas, como burlar o fisco na declaração ou na emissão das notas, infringir as leis de trânsito, “errar” o troco na compra...

A Operação Lava Jato, não é de hoje com as revelações da The Intercept Brasil, vem de há muito tempo sendo denunciada por juristas probos, nacionais e internacionais, como uma manobra facciosa, repleta de ilegalidades, não destinada a combater a corrupção, mas sob esse falso pretexto, massacrantemente alardeado pela grande mídia conluiada, afastar governantes que procuraram conduzir o Brasil por caminhos que contrariam interesses transnacionais: inclusão e emancipação social, integração nacional, soberania diante da rapinagem externa, recuperação da dignidade e do patriotismo...

A Lava Jato desvirtuou-se, se já não nasceu intencionalmente desvirtuada. Assim fazem crer os muitos indícios já revelados, mas propositalmente ocultados ou menosprezados, de que é parcial e visou colocar o país sob o mando de dirigentes subservientes que estão permitindo a rapinagem e o loteamento de nossas riquezas naturais, de nossas empresas estratégicas (petróleo, energia, aviação, estaleiros, construtoras...) e de setores essenciais para um país que busca diminuir os abismos sociais e ser soberano (educação, saúde, leis trabalhistas, previdência, pesquisa científica, moradia, infraestrutura...).

O Brasil não precisa de uma Operação Lava Jato que na verdade visou alçar ao poder dirigentes fantoches cúmplices no loteamento do país em favor da rapinagem internacional e seus prepostos nativos.

O Brasil precisa de uma Operação Lava Limpo, que combata com firmeza a corrupção e resgate a ética, a equidade e a esperança de uma grande nação.

PS: todo motorista sabe que lava jatos são alternativas de segunda categoria, uma limpeza superficial, de aparência, e que degrada os veículos.

Mário Sérgio de Melo é Geólogo, professor aposentado do Departamento de Geociências da UEPG.

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