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Luzes em prol da vida: cuidados com os faróis para um trânsito seguro
Da Redação | 22 de setembro de 2017 - 01:59
Por Ricardo Leptich
Pode até ser a passos lentos, mas a legislação brasileira
está evoluindo. Uma nova resolução do Contran (o Conselho Nacional de Trânsito)
determina que os faróis DRL (Daytime Running Light, no inglês) passarão a ser
obrigatórios em todos os veículos zero-quilômetro vendidos no Brasil a partir
de 2021. Esses faróis são dispositivos que se acendem automaticamente quando o
carro dá a partida, aumentando consideravelmente a segurança de condutores e
pedestres durante o dia - horário no qual o hábito de se acender as lanternas
ainda é muito recente.
Mesmo quando há claridade, veículos podem se tornar menos
visíveis por fatores como distância ou curvas da estrada, motivação principal
para o desenvolvimento da tecnologia DRL. É importante frisar que ela funciona
diferentemente dos faróis convencionais, por iluminar um ângulo específico que
não teria o mesmo efeito pela noite. E não há dúvidas de que a iluminação
veicular salva vidas. Em média, países da Europa e América do Norte observaram
uma queda de 25% no número de acidentes fatais em suas estradas, após adotarem
o uso de farol diurno. No Brasil, uma lei, que vigora desde 2016, exige que se
acenda o farol baixo nas estradas, mas peca por ainda ser um pouco confusa.
Embora ainda não seja muito claro para os motoristas, a
legislação exige que os faróis baixos sejam ligados durante o dia ou os DRLs
estejam ativos. Os faróis de neblina ou de milha não servem para essa função, o
correto é que sejam utilizados em situações apropriadas.
A melhor luminosidade é fundamental para aumentar a
segurança em situações como ultrapassagens e cruzamentos frontais, além de
realçar a presença de objetos na via e a passagem de pedestres. Seguir a lei,
porém, não é a única obrigação do motorista consciente: tão importante quanto
acender as luzes de dia é fazer constante vistorias nos faróis, afinal essas
lâmpadas perdem cerca de 30% da luminosidade antes de queimar, sendo
aconselhável trocá-las a cada 20 mil quilômetros – ou seja, fazer uma revisão a
cada dois anos.
O amarelamento da lente protetora do farol pela exposição ao
sol ou até mesmo o uso de uma lâmpada de maior potência do que a recomendada
para o veículo podem gerar situações de riscos para o condutor. Jogar a
iluminação contra a parede pode ser uma opção de revisão simples, e que pode
ser feita pelo próprio motorista em casa.
Ao manter os cuidados periódicos com a iluminação do
veículo, o motorista estará contribuindo não apenas para a sua própria segurança,
mas também com a dos outros. Continue respeitando a sinalização, realize
as manutenções preventivas e pratique a cortesia em prol de um trânsito
prudente.
Ricardo Leptich é CEO da OSRAM no Brasil