Cotidiano
Diretor do Regente Feijó chama alunos para aulas
André Packer | 27 de maio de 2015 - 05:00
Durante a manhã, 11 professores estarão disponíveis para aulas. No período vespertino, 14 professores e no noturno o número é maior: 29 professores estarão realizando atividades
Os professores da maior escola pública de Ponta Grossa, o Colégio Estadual Regente Feijó, estão voltando parcialmente às atividades e, por isso, a direção decidiu fazer o anúncio do ‘retorno às aulas’ nesta terça-feira (26). A movimentação fez com que o diretor geral, Clayton Antonio Bentivenha, ‘avisasse’ os pais, por meio da imprensa, a respeito da presença de professores no colégio – e consequentemente de aulas parciais durante os três períodos.
O Colégio Regente Feijó conta com 160 professores e possui 2300 alunos matriculados. O diretor ressalta a preocupação com os alunos devido à proximidade do Vestibular de Inverno da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG), que acontece nos dias 12 e 13 de julho. “A razão do Colégio existir é o aluno. Com as proximidades de vestibular, lançamento de datas do Enem e das Olimpíadas de Matemática, surge uma preocupação quanto ao desempenho dos nossos estudantes nestas provas”, explica Clayton Bentivenha.
Com a greve dos professores da rede estadual, o colégio está recebendo alunos que queiram estudar durante o período da paralisação e colocando à disposição as obras literárias do vestibular da UEPG e demais livros disponíveis na biblioteca.
O professor Clayton Bentivenha decidiu avisar os pais sobre a disponibilidade da escola para receber os alunos durante os três períodos – manhã, tarde e noite. No entanto, é preciso ressaltar que o estudante não terá todas as aulas estabelecidas na grade curricular – somente os professores que não aderirem à greve estarão em salas de aula.
“É bom lembrar que o aluno pode voltar para o colégio e não ter nenhuma aula, ou ter apenas uma ou duas aulas”, ressalta Clayton Bentivenha. As atividades no Colégio Regente Feijó não foram totalmente paralisadas, mesmo com o início e a retomada da greve.
A respeito das faltas, o diretor foi categórico. “O aluno que vier, terá direito à presença. Logo, os outros acabarão levando falta”, disse. No entanto, Clayton lembrou da possibilidade de um estudante gastar dinheiro com passe de ônibus, por exemplo, e acabar não assistindo nenhuma aula durante o dia porque o professor não voltou às atividades. “Neste caso fica a critério dos pais em decidir se o filho deve ou não vir para”, frisou.
As aulas no Colégio Regente Feijó ainda não voltaram completamente, mas os professores que não aderiram à greve estarão em sala de aula realizando atividades.
greve
Sindicato contesta medidas aplicadas no Regente Feijó
O Secretário Educacional da APP Sindicato de Ponta Grossa, professor Tércio Alves do Nascimento, contesta os pontos apresentados pelo diretor do Regente. “Ele deixou claro que os alunos que não forem para a aula levarão faltas, mas quando existe greve da categoria os alunos que não forem para as aulas não podem ser prejudicados”, explica o professor. Outro ponto apresentado pelo professor Térsio é o fato da escola convocar o coletivo de alunos para trabalhar e não fornecer as condições necessárias para isso. “A direção do colégio vai se responsabilizar caso aconteça algo com as crianças que vão para a escolar ver uma ou duas aulas?”, contesta o professor Térsio.