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Pesquisadores desenvolvem compostagem com cigarro

Pesquisadores usaram cigarros da Receita Federal

Pesquisadores usaram cigarros da Receita Federal
Pesquisadores usaram cigarros da Receita Federal -

Pesquisadores usaram cigarros da Receita Federal

As pesquisadoras da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG), Karine Marcondes da Cunha e Rosimara Zittel, sob orientação do professor Sandro Xavier de Campos, realizaram estudos de compostagem de resíduos de cigarro contrabandeado. O estudo tomou como base reatores de 200 e 2000 litros para o tratamento de Resíduos Sólidos Orgânicos, cepilho, lodo de estação de tratamento de esgoto e tabaco de cigarros contrabandeados.

Segundo dados do Ibope, cerca de 60% dos cigarros que circulam no Paraná são contrabandeados do Paraguai. “Geralmente esses resíduos são descartados em aterros sanitários, incinerados ou dispostos diretamente no solo, tornando-se contaminantes ao meio ambiente”, afirma Karine. O uso direto de resíduos de tabaco no solo pode ser desfavorável, no entanto, a compostagem de resíduos de tabaco pode acelerar sua degradação, resultando em um produto orgânico sem toxicidade ao meio ambiente A pesquisa aponta que reatores domésticos são uma alternativa viável para compostagem e podem estar próximos a residências e comércios sem a necessidade de grandes espaços e de manejo.

De acordo com a pesquisa, a compostagem é considerada uma das tecnologias mais adequadas para a eliminação de resíduos sólidos orgânicos e para o aumento da quantidade de matéria orgânica que pode ser utilizada na melhoria das condições de solos”, afirma Rosimara. O professor Sandro complementa que a compostagem em escala doméstica é uma tendência. Estudar tecnologias simples, como os reatores, irá favorecer  que mais pessoas façam o tratamento de seus resíduos orgânicos em casa ajudando para resolver o problema do lixo.

A pesquisa realizou, entre 2012 e 2018, análises físico-químicas, biológicas e espectroscópicas. Os resultados indicaram rendimento acima de 70% e confirmaram a produção de um composto orgânico estabilizado e maturado, viável para utilização na agricultura. O estudo concluiu que a compostagem em reator produziu um composto com qualidade que atende legislações do Ministério da Agricultura e Abastecimento - MAPA (2014) e Diretrizes para qualidade do composto - Canadá CCME (2005) para o composto orgânico.

Os estudos foram realizados com cigarros apreendidos pela Receita Federal, que muitas vezes são incinerados, lançando elementos tóxicos ao meio ambiente. Sobre a contaminação ambiental resultante desses resíduos, o professor Sandro Xavier de Campos, coordenador do grupo de pesquisa em Química Analítica Ambiental e Sanitária (QAAS) e diretor da Diretoria de Gestão Ambiental, afirma que se os compostos provenientes da queima não forem adequadamente tratados podem provocar graves doenças, como o câncer.

A parceria entre a UEPG e a Receita Federal em Ponta Grossa existe desde 2011 e já resultou em outras duas dissertações de mestrado do Programa de Pós-Graduação em Química Aplicada  que foram desenvolvidas sobre o tema cigarro. Thiago Eduardo de Almeida desenvolveu o “Estudo químico da viabilidade da compostagem lodo/cigarro para formação de adubo orgânico"; e Cleber Pinto da Silva buscou a “Determinação de ions metálicos em amostra de cigarros contrabandeados no Brasil”. Outras pesquisas em andamento analisam a composição química dos cigarros contrabandeados e a destinação de resíduos.

Pesquisadores usaram cigarros da Receita Federal
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