Cotidiano
Greve geral marcada para amanhã não vai afetar o transporte coletivo
Ao contrário do que aconteceu na primeira greve geral deste ano, em abril, o transporte coletivo de Ponta Grossa não será afetado na paralisação geral convocada para a próxima sexta-feira (30)
Da Redação | 29 de junho de 2017 - 01:25
Ao contrário do que aconteceu na primeira greve geral deste
ano, em abril, o transporte coletivo de Ponta Grossa não será afetado na paralisação
geral convocada para a próxima sexta-feira (30). A informação foi confirmada
pelo presidente do sindicato que representa motoristas e cobradores de Ponta
Grossa e dos Campos Gerais, Luiz Alberto de Oliveira, após questionamentos
recebidos pelo portal aRede e pelo Jornal da Manhã sobre uma possível
paralisação dos serviços.
“O Sintropas não está liderando qualquer movimento de
paralisação para a próxima sexta, estamos apenas organizando atos pontuais
voltados ao sindicalizado, mas nada que vá afetar o transporte público”,
esclarece o presidente. Sobre os atos pontuais, ele explica que são ações
direcionadas à categoria em tom de esclarecimentos sobre a atual situação
política e econômica e sobre os projetos em votação no Senado e na Câmara
Federal, principalmente sobre as reformas trabalhista e da previdência.
A greve geral convocada pelo conjunto das centrais sindicais
brasileiras, prevista para sexta-feira será acompanhada por atos de rua em todo
o país, chamados por centrais sindicais. As manifestações também contarão com o
apoio e mobilização das frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo.
Raimundo Bonfim, coordenador da Central de Movimentos
Populares, que integra a Frente Brasil Popular, indica que as pautas são as
reformas do governo Michel Temer, em especial as mudanças na Previdência e na
legislação trabalhista. "Como os movimentos estão juntos, os atos [de rua]
incluem a questão da saída de Temer e a convocação de eleições diretas”,
afirma.
Para Edson Carneiro, secretário-geral da Intersindical e
integrante da Frente Povo Sem Medo, é necessário derrotar politicamente o
governo para que as reformas sejam vencidas. “Pelo que estamos acompanhando, o
Senado até pode votar antes a matéria da [reforma] trabalhista, mas não em
plenário. A expectativa é que a votação em plenário se dê depois, na primeira
ou segunda semana de julho. Esperamos realizar um grande dia de luta, apontando
que a manutenção de Temer ou a substituição por eleição indireta significam a
agenda de desmonte de direitos, proposta pelo grande capital”, avalia.