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'O sistema não deixa ninguém entrar', desabafa Ronaldo sobre CBF

Centroavante histórico da Seleção Brasileira, Ronaldo Fenômeno retirou a candidatura para a presidência da entidade

Ronaldo Fenômeno durante entrevista ao Charla Podcast
Ronaldo Fenômeno durante entrevista ao Charla Podcast -

Publicado por Lucas Veloso

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Ronaldo Fenômeno, que recentemente desistiu da candidatura para a presidência da CBF (Confederação Brasileira de Futebol), desabafou sobre as dificuldades de conseguir ser eleito para o cargo.

Em entrevista ao Charla Podcast, a lenda do futebol brasileiro destacou serem impossíveis as chances de alguém interessado em inovar na CBF concorrer com chances para ser presidente.

“Minha decisão de querer me candidatar é que minha vida é o futebol sentia um dever de tentar melhorar o futebol brasileiro com o que tinha para oferecer. Falei com minha família, ninguém queria que eu entrasse nessa p****, mas precisava tentar. Vi alguns jornalistas encomendados falando que era jogada de marketing, enfim… convenci meus amigos e família, arrumei minha turma e sabia que era difícil, mas não sabia que era impossível. O sistema não deixa realmente ninguém entrar”, declarou Ronaldo.

“A CBF nunca teve eleição com duas pessoas. Falei com presidentes de clubes e federações, expliquei. A CBF assumiria os estaduais, a CBF pagaria as premiações, só Carioca e Paulista pagam uma grana legal. Fizemos, nos programas, falei com as pessoas. Quando senti que as coisas estavam apertando, decidimos mandar um e-mail para as federações para expor minhas ideias e o plano de desenvolvimento do futebol”, acrescentou o atacante.

Apesar da tentativa e do interesse de demonstrar seus projetos, Ronaldo afirmou ter recebido uma resposta protocolar das federações estaduais.

“Em dois dias, 20 federações responderam com uma resposta padrão: ‘Ronaldo, respeitamos sua história, mas não podemos te receber porque estamos alinhados com a excelente gestão de Edinaldo Rodrigues’. Ninguém está alinhado, ninguém confia em ninguém ali, uma confusão danada. Os benefícios que a CBF manda para as federações, com esse processo eleitoral frágil, ele determina. Assim que é usado o poder, eu não imaginava tão pesado o sistema, mas eu não vou desistir. Quero ajudar, tem solução para tudo, tem que ter gestão, acreditar na gestão. Na CBF é tudo muito centralizado, geral ficou escanteado”, concluiu.

Com informações de: CNN Brasil.

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