PF prende três suspeitos de mandarem matar Marielle Franco
Operação neste domingo cumpre três mandados de prisão e 12 de busca e apreensão, todos no Rio de Janeiro
Publicado: 24/03/2024, 09:00
![Ex-vereadora foi morta a tiros em 2017](https://cdn.arede.info/img/normal/510000/1000x500/33155707724cda5ea6636k_00513620_0_202403241104.webp?fallback=https%3A%2F%2Fcdn.arede.info%2Fimg%2Fnormal%2F510000%2F33155707724cda5ea6636k_00513620_0_202403241104.webp%3Fxid%3D1704690%26resize%3D1000%252C500%26t%3D1718643369&xid=1704690)
A Polícia Federal (PF) realiza na manhã deste domingo (24) uma operação contra os suspeitos de serem os mandantes do assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes. Ao todo, são três mandados de prisão cumpridos, além de 12 de busca e apreensão, todos no Rio de Janeiro.
Segundo fontes ligadas a corporação, entre os presos estão os irmãos Domingos Brazão, atual conselheiro do Tribunal de Contas do Estado, Chiquinho Brazão, deputado federal do Rio de Janeiro, e Rivaldo Barbosa, ex-chefe de Polícia Civil do Rio.
A ação foi autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal. Uma operação conjunta formada pela Polícia Federal, Procuradoria Geral da República e Ministério Público do Rio de Janeiro cumpriu as prisões, neste domingo.
A operação recebeu o nome de Operação Murder, que significa “assassinato”. Os investigadores explicaram que Murder Inc. foi uma associação de crime organizado que agiu como braço armado de execuções a serviço das máfias de Nova York nos anos 1930.
A investigação entende que o caso Marielle foi de execução, devido ao trabalho da parlamentar. O motorista Anderson Gomes também morreu no episódio, ocorrido em março de 2018.
De acordo com informação divulgada pela PF, foram presos os “autores intelectuais dos crimes de homicídio”. O nome dos mandantes foi revelado pelo ex-policial Ronie Lessa, em acordo de delação premiada. Como Chiquinho Brazão é deputado federal, possui foro privilegiado e, por isso, o caso foi parar na Suprema Corte.
A polícia continua nas ruas para cumprir mandados de busca e apreensão na sede da Polícia Civil do Rio e no Tribunal de Contas do Estado.