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Polícia Civil identifica mais dois suspeitos da tentativa de atentado no DF

Durante depoimento, George Washington citou o nome de Alan Diego Rodrigues como um dos envolvidos no atentado perto do aeroporto

Alan Diego Rodrigues compartilha registros de suas participações em manifestações
Alan Diego Rodrigues compartilha registros de suas participações em manifestações -

A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) investiga a participação de ao menos dois suspeitos na tentativa de atentado perto do Aeroporto de Brasília, no sábado (24/12), véspera de Natal. Os agentes querem saber se o empresário bolsonarista George Washignton de Oliveira Sousa, 54 anos, teve ajuda de outras pessoas para armar a bomba na capital federal.

Um dos suspeitos identificados pela PCDF é o apoiador do presidente Jair Bolsonaro (PL), Alan Diego dos Santos Rodrigues, de 32 anos. Durante depoimento à polícia, George citou o nome de Alan como um dos manifestantes acampados no Quartel-General do Exército que teria ajudado no atentado. O outro suspeito estaria no QG e foi citado pelo empresário preso no fim de semana. O nome dele ainda está sendo mantido em sigilo para não atrapalhar as investigações.

No depoimento, George afirma que a ideia inicial era explodir uma bomba no estacionamento do aeroporto. Porém, o alvo teria sido mudado para um poste de energia em Taguatinga, no intuito de provocar falta de energia e dar “início ao caos que levaria à decretação do estado de sítio”.

Na versão dada à polícia, George Washington relatou que, antes de encontrarem uma bomba perto do aeroporto, em um caminhão-tanque que transportava combustível de aviação, faria uma ação semelhante com instalação de explosivos em postes próximos a uma subestação de energia em Taguatinga.

Para todas elas, contou com apoio de outras pessoas. “Uma mulher desconhecida sugeriu aos manifestantes do QG que fosse instalada uma bomba na subestação de energia em Taguatinga para provocar a falta de eletricidade”, disse. “O plano não evoluiu porque ela não apresentou o carro para levar a bomba até a transmissora de energia.”

Na sexta-feira (23/12), por volta das 11h30, outro suposto desconhecido acampado em frente ao QG entregou ao empresário um controle remoto e quatro acionadores. Com esse material, o terrorista fabricou uma bomba, capaz de ser acionada por controle remoto a distância de 50 a 60 metros.

O empresário acrescentou que entregou o artefato para um conhecido, identificado como Alan Diego dos Santos Rodrigues, que ficaria responsável pela detonação. Em seu perfil no Instagram, Alan compartilha registros de suas participações em manifestações golpistas contra o resultado da Eleição 2022, que teve a vitória do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Ele criou um destaque na rede social para publicar momentos de suas passagens em atos pela capital federal. Ele participou de bloqueios golpistas e também passou o Natal em frente ao QG do Exército, em Brasília. No momento, Alan está sendo procurado pela PCDF.

As informações são do Metrópoles

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