Caminhoneiros dão prazo a Bolsonaro para atender pauta
Essa decisão foi aprovada pela categoria em encontro realizado na manhã de sábado (16), no Rio de Janeiro
Publicado: 18/10/2021, 13:22
Essa decisão foi aprovada pela categoria em encontro realizado na manhã de sábado (16), no Rio de Janeiro
O governo de Jair Bolsonaro tem o prazo de 15 dias para atender a pauta
de reivindicações dos caminhoneiros. Caso não atenda, a categoria iniciará
paralisação a partir do dia 1º de novembro. Essa decisão foi aprovada pela
categoria em Encontro nacional realizado neste sábado (16), no Rio de
Janeiro.
A atividade reuniu caminhoneiros de várias regiões do país e foi organizada
pela Confederação Nacional dos Trabalhadores em Transportes e Logística
(CNTTL), Conselho Nacional do Transporte Rodoviário de Cargas (CNTRC) e pela
Associação Brasileira de Condutores de Veículos Automotores (Abrava) –
entidades representativas da categoria no Brasil.
A pauta de reivindicações dos caminhoneiros inclui itens como a
revisão da política de preços dos combustíveis na Petrobras, o estabelecimento
de um valor mínimo de frete e a melhoria e construção de novos pontos de
descanso para a categoria. Os caminhoneiros também exigem reformas no poder
legislativo: a aprovação do Marco Regulatório do Transporte Rodoviário de
Cargas e o retorno da aposentadoria especial após 25 anos de contribuição ao
Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).
Em vídeo, o diretor da CNTTL e presidente do Sindicato dos Transportadores
Autônomos de Carga de Ijuí-RS, Carlos Alberto Litti Dahmer, disse que os
caminhoneiros estão em estado de greve e aguardam que o Ministro da
Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, atenda a pauta de reivindicações da
categoria (abaixo principais pontos).
“O Governo Bolsonaro teve o prazo de três anos para melhorar a vida do
transportador autônomo e nada foi cumprido. Daremos mais 15 dias para que a
nossa que é de conhecimento do ministro Tarcísio e do governo Bolsonaro seja
aplicada de fato para os caminhoneiros”, reforça Litti.
O diretor da CNTTL disse que os caminhoneiros passam por momentos de
dificuldades nunca vistos e a situação tem piorado nestes últimos três anos de
desgoverno de Bolsonaro. “Nosso chamado de paralisação tem o respaldo de 1
milhão de caminhoneiros e a sociedade virá conosco”, destaca Litti no
vídeo.
Principais reivindicações dos caminhoneiros
Redução do preço do diesel e revisão da política de preços da Petrobras, conhecida como Preço de Paridade de Importação (PPI);
Constitucionalidade do Piso Mínimo de Frete;
Retorno da Aposentadoria Especial com 25 anos de contribuição ao INSS e a inclusão do desconto do INSS pago pelo caminhoneiro (PL2574/2021) na Lei do Documento de Transporte Eletrônico;
Aprovação do novo Marco Regulatório do Transporte Rodoviário de Cargas (PLC 75/2018);
Aperfeiçoamentos na proposta do Voto em trânsito no Senado.
Melhoria e criação de Pontos de Parada e Descanso (Lei 13.103/2015) entre outras medidas;
Próximo encontro
As entidades representativas -- CNTTL, ABRAVA e o CNTR -- darão continuidade à organização das lutas dos caminhoneiros e realizarão o 3º Encontro Nacional no dia 20 de novembro, em Porto Alegre.
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