Pessoas fazem fila para ganhar osso de boi em açougue | aRede
PUBLICIDADE

Pessoas fazem fila para ganhar osso de boi em açougue

Pessoas fazem filas para ganhar ossos de boi e garantir a refeição da família.

Imagem ilustrativa da imagem Pessoas fazem fila para ganhar osso de boi em açougue
-

Da Redação

@Siga-me
Google Notícias facebook twitter twitter telegram whatsapp email

Pessoas fazem filas para ganhar ossos de boi e garantir a refeição da família.

Nem mesmo o frio inesperado impediu famílias em situação de vulnerabilidade social de enfrentarem a fila pelos ossos, doados pelo açougue Atacadão da Carne, logo pela manhã. 

Em Cuiabá, capital do Mato Grosso, onde faz 38º quase todos os dias, o frio costuma doer. Mas não tanto quanto a fome. “A barriguinha deles não espera, né? A hora que quer, já viu...”, disse Selma Santana, de 54 anos, na fila com a neta Karine, de 6, antes mesmo das 9h.

Se o sol é para todos, em Mato Grosso, a terra do bilionário agronegócio, como gostam de gritar por todos os cantos do mundo, a carne é para alguns. Selma, por exemplo, está desempregada e tem 8 netos e dois filhos – o terceiro, caçula, faleceu – para alimentar.

Ela ficou sabendo da doação por meio de uma vizinha. “Tem uns dois meses que eu venho. Venho por causa da dificuldade. Não estou trabalhando, tenho um problema sério de coluna, afastada do serviço... aí tem que correr atrás”, conta.

Claudiana Italina tem 26 anos, mas já faz parte das 14,8 milhões de pessoas desempregadas no país, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Motivada pela pandemia da Covid-19, perdeu seu trabalho como babá há dois dias. Com a repercussão nacional do caso, não perdeu a oportunidade de ganhar uma sacolinha com os ossinhos do boi.

A iniciativa começou com as pessoas pedindo na porta. Ela relata que com a procura, passaram a administrar a doação, feita toda segunda, quarta e sexta, a partir das 11h. Mas tem gente que fica na fila – que subiu para 200 pessoas no último ano – até mais tarde, no sol a pino. 

Para não causar desperdícios da sua produção, Samara e o marido doam os ossos, mas fazem questão de deixar uma “carninha”. Ela explica que o ossinho vem do corte da dianteira e do contra-filé.

A ordem para os açougueiros é não raspar, para deixar o que se chama de “bananinha”. Segundo Samara, essa carne hoje é utilizada em churrascos, e se fosse vender em seu açougue, cobraria R$ 26 reais o kg da bananinha. 

Leia na íntegra no Yahoo Notícias

PUBLICIDADE

Participe de nossos

Grupos de Whatsapp

Conteúdo de marca

Quero divulgar right

PUBLICIDADE