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Heineken lança cerveja Tiger no Brasil ara os jovens millennials

A Tiger, uma das maiores marcas de cerveja do mercado asiático, chega para concorrer no segmento mainstream, dominado por Brahma, Skol e Antártica

Heineken lança cerveja Tiger no Brasil ara os jovens millennials
Heineken lança cerveja Tiger no Brasil ara os jovens millennials -

Tiger, uma das maiores marcas de cerveja do mercado asiático, chega para concorrer no segmento mainstream, dominado por Brahma, Skol e Antártica

Muito amarga? A Heineken conseguiu, em apenas 11 anos no Brasil, mudar o paladar de um consumidor mais sofisticado e virar quase sinônimo da categoria cerveja premium. Seu sonho, e a estratégia de crescimento no mercado brasileiro passa por isso, é conseguir o mesmo alcance na divisão mais abaixo, chamada de mainstream.

Para isso o grupo da cerveja da garrafa verde está trazendo para o Brasil a Tiger, uma de suas cinco maiores marcas globais – a novidade está sendo antecipada aqui pela Casual EXAME.

Chegada da cerveja Tiger ao Brasil

Trata-se de uma das maiores marcas de cerveja do mercado asiático. A Tiger foi criada em Singapura em 1932, está presente em mais de 50 países e tem mais de 40 prêmios internacionais.

A nova cerveja será vendida em uma garrafa transparente, bastante chamativa, a princípio na versão 600 ml pelo preço sugerido de 11,77 reais, além da latinha de 350 ml, que custará 3,27 reais. Com o lançamento, a Heineken quer pegar um público que chama de zillennials, ou jovens millennials, entre 25 e 30 anos.

A cerveja Tiger está sendo produzida nas fábricas da Heineken de Pacatuba, no Ceará, e Itu, em São Paulo. Começará a ser distribuída na região Sul a partir de primeiro de julho e no Sudeste e Nordeste em primeiro de agosto.

“É uma marca urbana, voltada para jovens com um perfil empreendedor, que olham o copo meio cheio”, disse em entrevista Renan Ciccone, diretor de marketing do Grupo Heineken. “O nome tem essa relação com tigres asiáticos. Nosso público acabou se se formar, está desenvolvendo seu paladar, mas já reconhece um produto de qualidade.”

Concorrência

A Tiger entra no que o grupo chama de mainstream puro malte, mas é um pouco mais leve do que a Heineken. O segmento mainstream responde por 62% do mercado total, segundo números divulgados pela própria empresa.

A concorrência aqui é forte. Fazem parte dessa categoria Brahma, Skol e Antártica, as três maiores marcas de cerveja do país, da Ambev.

Brahma, Skol e Antártica respondem, juntas, por 52,9% do mercado total de cervejas, segundo dados da Euromonitor International. No total, a Ambev tem 61,6% do mercado, seguida por Heineken, com 18,1%, e Petrópolis, com 11,9%.

O consumo vem crescendo, mesmo na pandemia. Em 2019, foram consumidos no Brasil 12,6 trilhões de litros de cerveja. No ano passado, esse número saltou para 13,3 trilhões, um crescimento de 5%. Só ficou abaixo de 2014, ano da Copa do Mundo no Brasil.

Conversamos sobre o lançamento da Tiger no Brasil com Maurício Giamellaro, CEO do Grupo Heineken no Brasil, e Renan Ciccone.

A expansão da Heineken

Como o mercado de cerveja está dividido?

Giamellaro: No Brasil o segmento é dividido em quatro categorias. Começando lá de cima estão as crafts, onde a Heineken acaba de assumir a liderança. Depois tem a premium, onde a Heineken já é líder, com Heineken, Eisenbahn e Sol. Aí temos o maior segmento de cerveja no Brasil, que é o mainstream, onde nós somos a segunda, mas a Ambev tem uma liderança grande. Esse segmento representa mais de 70% do mercado. E você tem o segmento economy, onde está Itaipava, Schin, hoje a própria Skol, Kaiser, Bavária e Glacial. Esse segmento nós também lideramos.

Por que faz sentido o lançamento da Tiger?

Giamellaro: Porque basicamente nós somos os líderes em quase todos os segmentos. Mas no mainstream ainda temos muita história para escrever. Existe dentro do mainstream um segmento que a gente chama mainstream puro malte, que é para o consumidor que está no meio do mercado ter uma cerveja de qualidade para tomar. Em 2015, nós fomos a empresa que criou esse segmento com a Amstel. Lançamos esse segmento, assumimos a liderança, e essa novidade, junto com Devassa, vem para se posicionar.

Por que a Heineken diz que a Tiger chega para um público zillenial?

Ciccone: Faz sentido para Tiger falar com esse público não somente por portfolio, de complemento. Cada marca do grupo fala para um público diretamente. A Tiger fala com o zillenialls, os jovens millennials, de 25 a 30 anos. Esse público tem duas características muito importantes: coragem e empreendedorismo. A gente nasceu em 1932 em Cingapura, uma cidade que não tem tradição de cerveja e conseguiu fazer uma cerveja que é premiada internacionalmente e está em 50 países. Essa característica de tigre asiático, de conquistar, de empreendedorismo e de ter coragem, está dentro da marca. Nosso público acabou de se formar, está hoje nessa pegada de enxergar o corpo meio cheio, de entender quais as possibilidades que tem, é um público mais progressista.

É mais um posicionamento de marca do que de produto?

Ciccone: Esse público começou sua trajetória de aproveitar a cerveja há pouco tempo, justamente nesse boom com Amstel, então já está acostumado a beber uma cerveja de maior qualidade, já evoluiu um pouco. Por que a gente acha que ela faz sentido? Além de ter um fit de posicionamento com esse target, o nosso líquido, a nossa receita também é sofisticada. Ela é uma cerveja puro malte, é super refrescante, mas ao mesmo tempo tem um amargor que fica entre o mainstream e o premium, está bem no meio. Então também temos uma receita que é perfeita para esse paladar que está evoluindo.

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