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Vídeo mostra momento em que policial mata colega no PR

Soldado Lecio Tadeu dos Santos, 42 anos, foi atingido por um disparo de arma de fogo no rosto e morreu na hora

Imagem ilustrativa da imagem Vídeo mostra momento em que policial mata colega no PR

Soldado Lecio Tadeu dos Santos, 42 anos, foi atingido por um disparo de arma de fogo no rosto e morreu na hora

Imagens de câmera de segurança mostram o exato momento em que um policial militar matou o colega de farda durante uma discussão, na noite desta quinta-feira (4), em Campo Largo, na região metropolitana de Curitiba. No vídeo, é possível observar a viatura parando, dois policiais saindo do carro e dando início às agressões. Um terceiro policial também se junta a eles. Na sequência, a briga continua e um dos PMs cai no chão.

O soldado Lecio Tadeu dos Santos, 42 anos, foi atingido por um disparo de arma de fogo no rosto e morreu na hora. O policial que atirou, identificado como soldado Elias Postanovski, 31, foi preso em flagrante.

O crime aconteceu na Rua Santa Mariana, na Vila Delurdes, pouco antes das 22 horas. O Coronel Hudson da Polícia Militar (PM) disse que a discussão, segundo o terceiro policial que estava na viatura, se iniciou por causa da maneira como o policial dirigia. “A equipe trabalhava em normalidade, se deslocava para uma ocorrência, houve um desentendimento por parte do policial motorista e do policial que estava atrás do motorista. Esse que estava atrás teria chamado atenção do motorista em uma situação de deslocamento e da condução da viatura”, contou o coronel.

Durante a discussão, o motorista estacionou a viatura e partiu para cima do outro policial, que estava no banco de trás. “Houve um desentendimento por conta disso, o motorista desembarcou da viatura e agrediu o policial que estava no banco de trás, com tapas e socos. Esse policial, de pronto, efetuou um disparo contra o rosto do motorista, que morreu ali mesmo”, completou o coronel Hudson.

“Tragédia anunciada”

O presidente da Associação de Praças do Paraná (APRA), Orélio Fontana Neto, disse em entrevista à Banda B que a situação expõe algo que já tinha sido cobrado pela associação. “Infelizmente não é um caso isolado. É uma tragédia anunciada. É toda uma gama de situações que ocorre no cotidiano do estresse policial e que não tem suporte. Nós mesmos fizemos há dois anos uma reclamação no Ministério Público sobre a questão do amparo psicológico, o qual é inexistente hoje dentro das unidades”, revelou Neto.

Outra cobrança é sobre a carga horário dos policiais militares. “Pedimos incessantemente aos comandantes e à parafernália toda do Estado referente à regulamentação da carga horária para que o policial tenha um período de descanso. Infelizmente nós não temos e hoje o policial trabalha de 50 a 60 horas semanais”, explicou.

O presidente da associação ainda lamentou a morte do soldado Tadeu. O autor, o soldado Elias, teria mostrado arrependimento logo depois de atirar no colega de farda.

O soldado Tadeu estava há 13 anos na Polícia Militar (PM), enquanto Elias fazia parte da corporação há 9 anos. Ele segue preso e foi submetido a um Inquérito Policial Militar. Ele irá responder por homicídio.

Com informações da Banda B

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