Conheça a hidroxicloroquina, promissora contra o covid-19
Apesar dos avanços nas pesquisas em países como China, EUA e França, a Anvisa alerta que os testes são inconclusivos e a automedicação oferece risco à saúde
Publicado: 20/03/2020, 09:53
Apesar dos avanços
nas pesquisas em países como China, EUA e França, a Anvisa alerta que os testes
são inconclusivos e a automedicação oferece risco à saúde
Desde o início do surgimento da epidemia do novo coronavírus, diversas
pesquisas e testes são feitos pelo mundo na busca de encontrar a cura para a
doença. Alguns dos remédios que têm se mostrado mais promissores no tratamento
dos infectados são a hidroxicloroquina e a cloroquina. China, França e Estados
Unidos já publicaram estudos relatando o desempenho positivo das drogas.
A hidroxicloroquina, conhecida pelo nome comercial Reuquinol, é um remédio
usado contra alguns tipos de malária e doenças reumatológicas. Nos estudos
realizados até o momento, o medicamento foi eficaz no tratamento do
coronavírus, fazendo com que alguns países invistam em testes clínicos mais
massivos. Entretanto, mesmo que os testes sejam acelerados e os resultados
sejam bons, por se tratar de remédios experimentais, uma distribuição ampla não
deve acontecer tão cedo.
Preocupada com a procura pelos remédios nas farmácias, a Agência Nacional de
Vigilância Sanitária (Anivsa) emitiu uma nota em que ressalta que os remédios
ainda estão em testes, e que a automedicação é perigosa.
“Diante das notícias veiculadas sobre medicamentos que contêm hidroxicloroquina
e cloroquina para o tratamento da Covid-19, a Anvisa esclarece que:
- esses
medicamentos são registrados pela Agência para o tratamento da artrite, lúpus
eritematoso, doenças fotossensíveis e malária;
- apesar de promissores, não
existem estudos conclusivos que comprovam o uso desses medicamentos para o
tratamento da Covid-19.
Portanto, não há recomendação da Anvisa, no momento,
para a sua utilização em pacientes infectados ou mesmo como forma de prevenção
à contaminação pelo novo coronavírus; e - a automedicação pode representar um
grave risco à sua saúde”