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Policiais que atropelaram e mataram quatro em Curitiba mentiram em depoimento

Acidente aconteceu embaixo do viaduto da Avenida das Torres, no bairro Guabirotuba

Imagem ilustrativa da imagem Policiais que atropelaram e mataram quatro em Curitiba mentiram em depoimento
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João Vitor Rezende

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Acidente aconteceu embaixo do viaduto da Avenida das Torres, no bairro Guabirotuba

Os policiais militares que se envolveram no acidente na Linha Verde, em Curitiba, que matou quatro pedestres mentiram em depoimento à Polícia Civil. Ao contrário do que disseram, eles não estavam em ocorrência e a sirene estava desligada. As investigações estão sendo comandadas pelo delegado-titular da Delegacia de Delitos de Trânsito (Dedetran), Vinícius Carvalho, que concedeu entrevista coletiva à imprensa na manhã desta segunda-feira (13). Acidente aconteceu embaixo do viaduto da Avenida das Torres, no bairro Guabirotuba, em Curitiba, na tarde do dia 31 de julho.

Imagens de uma câmera de segurança de quase dois minutos de um acesso à Linha Verde auxiliam nas investigações. (Veja abaixo). Pelo registro, investigadores conseguiram encontrar uma pessoa que atravessou a canaleta e teria sido mencionada pelos policiais, depois do acidente.

“O motorista disse que tinha uma pessoa atravessando a rua e que depois disso bateu a viatura contra o meio-fio, estourou o airbag e ele perdeu o controle do carro. As equipes foram às ruas e realmente conseguiram captar uma imagem em que aparece, efetivamente, um pedestre atravessando a rua. Outra coisa, que não tínhamos e agora conseguimos, foi conseguir captar o trajeto que o policial fez. Quando ele desviou dessa pessoa, entrou na contramão, embaixo do viaduto, e a partir daí se perdeu e o acidente aconteceu”, descreveu o delegado à Banda B.

Controvérsias

Entre as principais controvérsias dos policiais militares envolvidos no acidente estão sobre a sirene ligada e também uma suposta ocorrência. “Eles mentiram que estavam em ocorrência e com a sirene ligada. Uma testemunha que, inclusive, estava no acidente, foi vítima e disse que a sirene não estava ligada. A dúvida também era se eles estavam em ocorrência ou não, e agora a Polícia Militar confirmou que eles não tinham nenhuma ocorrência naquele momento. Não vamos entrar no mérito da velocidade porque ainda não temos, mas o que não justifica é estar transitando na canaleta sem situação de emergência”, define o delegado Vinícius Carvalho.

A velocidade que a viatura da PM transitava está sendo periciada pelo Instituto de Criminalística. Por enquanto, a Polícia Civil incluiu no inquérito homicídio culposo, quando não há intenção de matar. “Isso pode mudar quando vier a perícia sobre o carro e a velocidade”, finalizou o delegado da Dedetran.

Com informações da Banda B

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