Exportações paranaenses de carnes aumentam em 15%
Estado segue apresentando dados de crescimento no setor. Números se referem ao crescimento na exportação de carne bovina, suína e de frango
Publicado: 25/05/2017, 13:59
Estado segue apresentando dados de crescimento no setor. Números se referem ao crescimento na exportação de carne bovina, suína e de frango
O Paraná aumentou em 15% as exportações de carnes no
primeiro quadrimestre de 2017, puxadas pelos embarques de carne de frango e de
suínos. Foram exportados US$ 944,97 milhões nos primeiros quatro meses desse
ano, contra US$ 819,4 milhões no mesmo período do ano passado, de acordo com
dados da Secretaria do Comércio Exterior (Secex) do Ministério da Indústria,
Comércio Exterior e Serviços (MDIC). Os números referem-se a exportações de
carne bovina, suína, de frango, de peru in natura e processada e carnes salgadas.
O resultado positivo ocorreu apesar da Operação Carne Fraca, deflagrada em
março pela Polícia Federal em vários Estados e que gerou restrições à
importação da carne brasileira por alguns países. “O impacto da operação, que
inicialmente provocou vários embargos contra a carne brasileira, acabou não se
traduzindo em queda nas exportações no quadrimestre”, diz Júlio Suzuki Júnior,
presidente do Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico Social
(Ipardes).
MAIOR PRODUTOR
O Paraná é o maior produtor de carnes do País, com forte
atuação na produção de frangos e suínos. “Um fator que contribuiu para o
resultado é que a produção de carnes é dominada, no Estado, pelas cooperativas
agropecuárias, com um sistema integrado entre produtor e as empresas”, diz o
diretor presidente da Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar), Inácio
Kroetz.
Nenhuma cooperativa do Estado foi citada na operação Carne Fraca. “Os problemas
detectados na operação, que se concentraram no desvio de conduta entre fiscalizadores
e fiscalizados, foram pontuais e não abalaram a credibilidade do Estado nas
exportações”, diz.
De acordo com Kroetz, outro fator que impulsionou as vendas foi a queda nos
preços do milho, usado como ração, que barateou os custos, deixando a carne
paranaense mais competitiva no mercado internacional.
Para Alexandre Monteiro, assessor técnico da Organização das Cooperativas do
Paraná (Ocepar), é preciso, no entanto, cautela e esperar os próximos meses
para medir o real impacto da operação Carne Fraca sobre o mercado da carne
brasileira no exterior. “Ainda estamos vivendo os desdobramentos. Há uma
pressão por queda de preços e precisamos ver como o mercado vai se recompor nos
próximos meses”, diz.
As informações são da AEN (Agência
Estadual de Notícias)