Médico acusado de matar Renata Muggiati tem nova prisão decretada pela Justiça
Publicado: 21/01/2017, 11:10
Médico Raphael Suss Marques teve prisão decreta pela Justiça do Paraná. Após matar a ex-namorada, ele é acusado de agredir outra ex-namorada.
O médico Raphael Suss Marques, acusado de matar a
ex-namorada fisiculturista Renata Muggiati, teve uma nova prisão decretada pela
Justiça do Paraná. Desde o dia 25 de dezembro o médico está preso acusado de
agredir outra ex-namorada, há cerca de seis meses. Agora, mesmo que consiga
liberdade, o médico continuará preso em razão desta nova decisão.
Na sexta-feira (19), Marques se tornou réu em razão desta outra agressão após a denúncia do Ministério Público ter sido acatada pela Justiça.
Ao Portal G1/PR, o advogado que representa o médico, Edson Abdala, criticou a decisão. “Precipitada, desnecessária pois se quer a defesa foi consultada sobre o por que Raphael teria ido à casa da mãe do filho”, disse.
Marques e a ex-namorada teriam mantido um relacionamento por uma semana e se separaram no meio do ano passado. A mulher relatou ter sido agredido com um soco cujo hematoma virou visível, e também disse ter sido ameaçada e xingada. Entre as mensagens, Marques mandou a ela “vou te arrebentar”, “maloqueira”, “piranha”, “lazarenta”. A agressão teria acontecido no dia 23 de dezembro.
Ao decidir pela prisão de Marques, a juíza afirmou que o médico representa risco à ordem pública e que tem inclinação à violência de gênero.
“(…)A reiteração delitiva do réu, que mesmo respondendo a outros processos, por crimes de mesma natureza, voltou a delinquir, demonstram sua inclinação à violência de gênero”, diz trecho da decisão expedida na quarta-feira (18) e publicada pelo G1/PR.
Quando Raphael Marques conseguiu o habeas corpus e deixou a cadeia, a Justiça havia determinado medidas cautelares. Comparecimento a todas as fases de investigação e de andamento do processo na Justiça; proibição de se ausentar de Curitiba por mais de oito dias, sem dizer onde pode ser encontrado; proibição de acesso e frequência a bares ou similares; e Marques deveria se recolher ao domicílio até às 21h, por exemplo.
“É evidente que o descumprimento isolado da determinação de cautelar para recolhimento noturno não é caso para imediata decretação da prisão preventiva, mas a questão é diferente, já que o denunciado além de descumprir com in casu compromisso assumido perante às autoridades constituídas por ocasião de sua soltura, ainda, praticou nova violência contra mulher. A medida ganha contornos de pedagogia tanto para o réu quanto para a sociedade”, considera a juíza.
Ao G1, o advogado Edson Abdala afirmou que a Raphael Marques assumiu a criança, paga pensão e que havia um acordo com a mãe de que as visitas ao filho do casal seriam livres.
O médico está preso no Complexo Médico-Penal, em Pinhais, na região metropolitana de Curitiba.
O caso
Renata Muggiati morreu no dia 12 de setembro de 2015 após cair do 31° andar do prédio onde vivia. Inicialmente o caso foi tratado como suicídio, mas novos fatos apontaram para a possibilidade de um crime. No dia 25 do mesmo mês, a Justiça do Paraná decretou a prisão temporária do namorado da fisiculturista. O IML indicou que a morte de Renata aconteceu por asfixia e não pela queda.
O laudo contrariou o resultado da necropsia então realizada pelo médico legista Daniel Colman, que afirmava não ter havido a asfixia e que motivou o pedido de liberdade do principal suspeito. Desde o início, Raphael Marques nega as acusações.
As informações são da Banda B.