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Depen suspende visitas em presídios do Paraná

Medida foi tomada após a fuga de detentos em Piraquara, na região de Curitiba. Na segunda (16), sindicato dos agentes penitenciários protocolou carta com pedidos de melhorias.

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Rodrigo de Souza

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Medida foi tomada após a fuga de detentos em Piraquara, na região de Curitiba. Na segunda (16), sindicato dos agentes penitenciários protocolou carta com pedidos de melhorias.

O Departamento de Execução Penal do Paraná (Depen) suspendeu todas as atividades extraordinárias para presos do estado. As medidas incluem visitas, trabalhos, entregas de sacolas e atividades relacionadas à educação. A decisão foi tomada após a fuga de 26 detentos da Penitenciária Estadual de Piraquara (PEP), região metropolitana de Curitiba, durante o final de semana e é válida para todas as unidades do Paraná, incluindo a Cadeia Pública Hildebrando de Souza (CPHS) e Penitenciária Estadual de Ponta Grossa (PEPG).

De acordo com o diretor do Depen, Luiz Alberto Cartaxo Moura, as atividades extraordinárias só serão retomadas após uma operação minuciosa dentro de todas as cadeias paranaenses. “Todas as atividades extraordinárias estão paralisadas em todo o estado, por tempo indeterminado. Todas as unidades serão vistoriadas”, descreveu.

Ainda na segunda-feira (16), a direção do Sindicato dos Agentes Penitenciários do Paraná (Sindarspen) protocolou uma carta junto ao Depen com cobranças de melhorias na segurança e condições de trabalho nas unidades prisionais do Paraná, além de uma série de reinvindicações propostas pela categoria em plenária regional do Sindicato.

De acordo com a presidente do Sindarspen, Petruska Sviercoski, desde o final do ano passado a entidade vem fazendo uma série de alertas para a Secretaria Estadual de Segurança Pública (SESP) e para o Depen sobre a gravidade da situação no Paraná.

A emboscada sofrida pela equipe do Setor de Operações Especiais do DEPEN, em Londrina, no final de dezembro, vitimando fatalmente o agente Thiago Borges; a explosão com fuga em massa ocorrida na PEP neste domingo; e a invasão da Cadeia Pública de Telêmaco Borba, nesta segunda, acenderam o alerta vermelho para o risco de tragédias no Paraná, de acordo com Petruska.

Dentre as propostas do Sindarspen estão a reposição do efetivo de agentes penitenciários, a contratação de servidores e técnicos para atividades burocráticas (desafogando o trabalho nas unidades), a redução do número de presos nos sistemas prisionais, a ampliação da política de alternativas penais para delitos de menor capacidade ofensiva e o fortalecimento dos serviços de inteligência penitenciária, além de direitos exigidos anteriormente pelos agentes.

Tumulto na PEPG

Durante o final da manhã de segunda-feira (17), a Polícia Militar (PM) e o Corpo de Bombeiros foram acionados na Penitenciária Estadual de Ponta Grossa (PEPG) para auxiliar no controle de um princípio de tumulto. De acordo com os agentes de segurança, um preso teria ateado fogo em um colchão e causado manifestações de outros detentos da mesma ala. A situação foi controlada rapidamente pelos agentes e pela PM.

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